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Pelo direito à livre expressão

Procurador federal tenta, através de ação judicial, intimidar educadora e CUT Goiás

Publicado: 19 Novembro, 2018 - 11h14 | Última modificação: 19 Novembro, 2018 - 11h24

Escrito por: CUT Goiás

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A vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) está sendo processada pelo procurador federal no Estado de Minas Gerais Wesley Miranda Alves, por defender a figura ilustre do educador Paulo Freire, um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial e patrono da Educação Brasileira.

Alves se sentiu afrontado pela então presidenta interina da CUT Goiás, que é também educadora, acusando-a, na ação movida na Justiça, de tê-lo comparado a Joseph Goebbels, ministro da Alemanha nazista, que adotou a prática de queimar livros em praça pública, assim como o procurador sugeriu, em uma conversa pelo Twitter, fazer com as obras de Freire.

A referida nota foi retirada do site da CUT Goiás por ordem judicial numa clara violação do direito à livre expressão do pensamento. O procurador alega que a queima de livros seria apenas uma ironia de sua parte.

Numa demonstração clara da sua dificuldade em lidar com vozes distoantes da sua, o procurador Wesley Miranda Alves processa Ieda Leal e a CUT, pedindo uma indenização monetária razoável.

As vozes da professora Iêda Leal e da CUT não se calarão na defesa da livre expressão de pensamento e, mais ainda, da memória do grande mestre Paulo Freire.