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Mais um ataque golpista de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro

Em reunião com embaixadores e embaixadoras, o presidente reforça mentiras sobre as urnas eletrônicas

Publicado: 21 Julho, 2022 - 10h00

Escrito por: CUT-GO

CUT-GO
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O recente ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro escancara mais uma vez sua narrativa golpista e inconformada com uma provável derrota nas urnas em outubro, já que em todas as pesquisas o atual mandatário aparece bem atrás do ex-presidente Lula (PT). A estratégia de Bolsonaro desde que foi eleito é atacar o estado democrático de direito e apontar as instituições democráticas como inimigas do povo, e nada tem sido feito para o impedir.

Nesta semana, embaixadores e embaixadoras do mundo todo se reuniram com o chefe do Executivo no Palácio do Planalto e presenciaram um show de desinformação criado para manipular parte da população brasileira a desaprovar um mecanismo que funciona há 26 anos: a urna eletrônica. O presidente afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por salvaguardar nosso processo de votação, "não se adequa ao sistema democrático".

Nós da Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO) repudiamos veementemente os ataques e as mentiras ditas repetidas vezes por Bolsonaro a respeito do sistema eleitoral. Em um evento com representantes mundiais, o presidente coloca o Brasil em situação vexaminosa e comete, mais uma vez, crimes contra a nossa Constituição Federal.

Os poderes constituídos precisam tomar medidas cabíveis para impedir que Bolsonaro continue desqualificando em tom golpista e sem provas as urnas eletrônicas. Nosso sistema eleitoral funciona desde a redemocratização deste país e nunca foi constatada nenhuma fraude. Agora, ele, que também foi eleito diversas vezes com as urnas eletrônicas, quer impulsionar a população a não aceitar um resultado fora do que é esperado por este governo que se encontra no poder.

A democracia e a soberania nacional devem ser respeitadas e defendidas pelos representantes eleitos pelo povo brasileiro e é inadmissível que um presidente venha tentar impor um novo golpe contra o nosso país. Não podemos nos esquecer de que, até pouco tempo atrás, vivíamos em um regime ditatorial que ia contra aqueles e aquelas que defendem um Brasil para todos e todas.

Por isso, precisamos estar atentos e atentas a qualquer tentativa de retornar ao período de 1964-1985 e lutar para que, em outubro, possamos eleger representantes que defendam os direitos e interesses da classe trabalhadora, respeitando, acima de tudo, o estado democrático de direito e seus Três Poderes.