De forma autoritária, Facebook retira página da CUT Brasília do ar
CUT Goiás se solidariza com a CUT Brasília e repudia a censura perpetrada pela rede social
Publicado: 16 Outubro, 2019 - 14h03 | Última modificação: 16 Outubro, 2019 - 14h18
Escrito por: Maísa Lima
Por volta das 16 horas da tarde de terça-feira (15), a plataforma digital Facebook retirou do ar a página da CUT Brasília. A suspensão foi feita de forma autoritária, sem respaldo em qualquer política implementada pela empresa. Logo, trata-se de uma violação ao direito humano à comunicação e à liberdade de expressão, garantido expressamente em diversos documentos de organizações internacionais e na própria Constituição brasileira.
A Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) solidariza-se com a CUT Brasília na sua indignação e, como ela, exige políticas públicas que promovam e protejam direitos na Internet. Sem isso, as gigantes do setor continuarão agindo ao seu bel prazer, sem se preocupar em cercear direitos de quem melhor lhes aprouver.
Em sua contestação solicitando o retorno da página ao ar, a CUT Brasília foi enfática: “não utilizamos informações enganosas ou imprecisas para conseguir curtidas, seguidores ou compartilhamentos; não aumentamos a distribuição de conteúdo de maneira artificial para ganhar dinheiro; não exigimos que pessoas curtam, compartilhem ou recomendem conteúdo; não fingimos ser o que não somos. Não publicamos qualquer tipo de conteúdo que agrida os direitos humanos. Ao contrário, nossos conteúdos vão ao encontro da pluralidade e da democracia. Nossa página está dentro do limite da liberdade de expressão, transgredida por vários outros usuários do Facebook, que continuam com suas páginas no ar”.
Na nota de repúdio, a CUT Brasília sustenta: "Não podemos ficar reféns das decisões autoritárias e unilaterais das plataformas digitais, no que diz respeito ao direito humano à informação, à comunicação, à liberdade de expressão. Nos somamos às organizações internacionais que trabalham por esses direitos, como ONU, OEA e Unesco, assim como organizações da sociedade civil, e exigimos que o processo de remoção de conteúdo e/ou retirada de página ou perfil do ar respeitem o Marco Civil da Internet, só sendo efetivada após determinação judicial; além de pleitearmos medidas de co-regulação pública para limitar o poder das superplataformas".
A CUT Goiás assina embaixo. É intolerável que desmandos como esse continuem a acontecer sem qualquer punião aos responsáveis!