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CUT-GO participa de ato contra assédio eleitoral em frente à Goiás Fomento

Diretor da empresa é acusado de ameaçar de demissão trabalhadores e trabalhadoras que votarem no candidato Lula (PT) no dia 30 de outubro

Publicado: 26 Outubro, 2022 - 14h18 | Última modificação: 26 Outubro, 2022 - 14h42

Escrito por: Gabriella Braga

CUT-GO
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Trabalhadores e trabalhadoras estiveram na manhã desta quarta-feira (26) em frente à Goiás Fomento, no centro de Goiânia, em ato contra o assédio eleitoral e em defesa da democracia. A mobilização ocorre após a denúncia de que o diretor financeiro da empresa, Lucas Fernandes de Andrade, estaria ameaçando demitir servidores que votassem em Lula (PT) no dia 30 de outubro.

Durante o ato, organizado pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania, representantes sindicais reforçaram o combate ao assédio eleitoral, que é crime previsto nos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral. O número de casos, no entanto, tem aumentado consideravelmente nas eleições deste ano.

"O que está em jogo é o direito das pessoas de votarem livremente. Mas quem é trabalhador e é servidor público, já definiu seu lado. Estamos do lado da democracia", afirmou Napoleão Batista, secretário de Administração e Finanças da CUT Goiás.

Conforme dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgado nesta quarta-feira, já foram contabilizadas 1.633 denúncias de assédio eleitoral contra 1.284 empresas de todo o Brasil. Só o canal criado no Portal CUT já recebeu 354 denúncias referentes a coação e ameaças feitas pelos patrões.

Diante do alto número de casos de assédio eleitoral, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região fixou multa de 10 mil reais por cada funcionário que se sentir coagido ou intimidado a votar em determinado candidato. A medida se aplica a todo o território nacional.