Administrativos da educação de Goiânia rejeitam proposta e continuam em greve
Servidores cobram envio de plano de carreira à Câmara Municipal, mas Paço apresenta proposta apenas de aumento no auxílio-locomoção
Publicado: 05 Março, 2024 - 12h49 | Última modificação: 05 Março, 2024 - 15h00
Escrito por: Gabriella Braga
Em greve, administrativos e administrativas da rede municipal de educação de Goiânia rejeitaram por unanimidade, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), na manhã desta terça-feira (5), a proposta apresentada pelo Paço e decidiram pela continuidade da paralisação. A categoria cobra desde o ano passado o envio do plano de carreira à Casa.
Em audiência de conciliação nesta segunda-feira (4) no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a Prefeitura ofereceu aumento de R$ 300 no auxílio-locomoção, totalizando R$ 800. Entretanto, sem nenhuma proposta referente ao plano de carreira. No final de 2023, a categoria deliberou pelo fim da greve que perdurou por 43 dias com a condição de que um plano seria apresentado.
Em um só coro, os servidores e servidoras reforçaram que "sem plano de carreira, a greve continua". Após a mobilização em frente à Câmara Municipal, os presentes entraram na plenária para cobrar dos vereadores e vereadoras ajuda na intermediação do impasse. Em seguida, deliberaram pela continuidade da paralisação dos administrativos e administrativas.
"Não vamos finalizar essa gestão sem que a promessa seja cumprida. Nós entendemos que a categoria que trabalha muito, que não é fácil estar todos os dias cuidando das crianças, precisa ser mais valorizada, precisa ter um plano de carreira para quem está dedicando sua vida para oferecer uma escola pública de qualidade", pontuou a presidenta do Sintego e diretora da CUT-GO, Bia de Lima.
"Agora é hora de ir para tudo ou nada. Nós temos que fazer uma escolha coletiva, não podemos nos encolher. Foi um desrespeito muito grande o que aconteceu e estamos dando todas as sinalizações enquanto categoria de que desejamos resolver essa situação. E com o que a Prefeitura responde? Com nada", acrescentou Ludmylla Morais, secretária-Geral do Sintego e de Comunicação da CUT-GO.
Bia também afirmou que está buscando uma audiência diretamente com o prefeito Rogério Cruz. Além disso, ponderou que está sendo cobrada a convocação dos concursados e concursadas da educação. Ficou deliberado pela categoria para acompanhar a agenda do chefe do Executivo, para cobrá-lo durante as atividades, e seguir a agenda de mobilização do Sintego, que será divulgada nas redes sociais.