XIII Congresso do Sintsep-GO reafirma a luta dos servidores federais em Goiás
O evento teve lugar na cidade de Caldas Novas e reuniu filiados(as) e convidados(as) de todo o estado.
Publicado: 16 Dezembro, 2024 - 14h22 | Última modificação: 16 Dezembro, 2024 - 15h14
Escrito por: Renato Costa
Com informações e imagens da Comunicação do Sintsep-GO
No último fim de semana o Sindicato dos Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsep-GO) realizou o seu 13º congresso, o Consintisep-GO. O evento trienal aconteceu ao longo dos dias 13, 14 e 15 de dezembro. Entre delegados(as) e convidados(as), mais de 120 pessoas compareceram no auditório do Golden Dolphin Grand Hotel, na cidade de Caldas Novas. O evento elaborou propostas e orientou as ações da entidade para os próximos três anos.
Além de se estabelecer um calendário de lutas, o congresso serviu para a transmissão de informes jurídicos e sindicais. Também foi a oportunidade de uma série de análises de conjuntura política, econômica e social, que deram sustentação à defesa da tese central do congresso.
No primeiro dia do XIII Consintsep-GO foram instauradas a assembleia ordinária para prestação de contas e a assembleia extraordinária para alterações estatutárias. A presidenta Márcia Jorge ressaltou a importância do congresso sindical para mobilizar a participação protagônica dos servidores públicos federais que se deslocaram dos mais diversos municípios do estado para compor o congresso.
A mesa de abertura contou com Maria Cleuza Carneiro, Crescêncio Sena e Antônio Gilvan, diretores do Sintsep-GO e o representante dos servidores federais do município de Caldas Novas, o companheiro Divino Eterno. Os convidados na cerimônia de abertura foram Pedro Armengol, dirigente nacional da CUT e da Condsef/Fenadsef, e a deputada estadual Bia de Lima, que fizeram uma saudação ao congresso, seguida de breve análise de conjuntura.
Na sequência, foi feita a leitura e a apreciação do regimento do congresso e entoou-se o hino nacional brasileiro. Indicando a dinâmica participativa do evento, logo da abertura as alterações estatutárias propostas pelo filiado Arquivaldo Bites foram acolhidas por consenso entre a mesa e a plenária.
No segundo dia de congresso, foi aberta a mesa de informes jurídicos, coordenada pelos diretores Crescêncio Sena, Edmar Normandes e Dulce Costa e contou com as elucidações da advogada do sindicato, Nathália Martins. A pedido da plenária, um resumo das ações judiciais será disponibilizado aos servidores públicos federais filiados nos próximos dias.
Em seguida, o economista-chefe do Dieese na subseção da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef/Fenadesef), Max Leno de Almeida, realizou uma ampla análise de conjuntura, relatando as medidas econômicas adotadas pelo governo federal que afetam os servidores. Temas como arcabouço fiscal, aumento do salário mínimo, isenção no imposto de renda, revisão dos beneficiários do Bolsa Família, combate aos supersalários e à aposentadoria de militares e as chamadas emendas pix foram detalhados pelo economista.
O vice-presidente da CUT Goiás e diretor do Sintsep-GO, Ademar Rodrigues, fez a defesa da tese central do congresso, apontando em que medida a crise entre os setores financeiros e os setores produtivos da sociedade brasileira afetam o funcionamento do serviço público federal. Ainda pela manhã, o diretor da Condsef/Fenadsef, Edilson Muniz, apresentou um compilado das negociações das categorias, incluindo a luta promissora pelos reajustes da gratificação pelo combate à endemias (GACEN) junto à Advocacia Geral da União (AGU).
A tarde do dia 14 foi destinada à mesa de debates coordenada pelos diretores Welison Marques, João Bernardino e Ramara Nunes. Foram feitas mais de 30 intervenções, reforçando a importância da organização e da luta sindical, especialmente, do trabalho de conscientização junto às bases e a necessidade de integração de novos filiados e de novas filiadas às fileiras do sindicato. Logo depois, formaram-se os grupos de trabalho (GTs) para reformular e complementar as propostas apresentadas na tese principal e complementar o plano de lutas.
No terceiro e último dia de congresso, encerraram-se os trabalhos dos GTs e as assembleias ordinária e extraordinária. A prestação de contas da entidade, do período de 01/01/2024 a 30/11/2024 foi aprovada sem ressalvas, assim como as duas alterações estatutárias que serão encaminhadas pela Executiva. Além disso, foi aprovada uma moção de repúdio a qualquer tipo de anistia para os golpistas e fascistas, atualmente na mira do STF e da Polícia Federal.
O dia foi marcado ainda pela presença do deputado estadual Mauro Rubem (PT), que relatou os desafios do parlamento goiano e mencionou a agudização da luta de classes no mundo todo, onde o grande capital articula a dominação dos trabalhadores em novas bases tecnológicas e organizativas. O deputado goiano terminou com uma calorosa saudação aos filiados e às filiadas pela mobilização em torno da entidade.
Por fim, realizou-se a plenária final, referendando as alterações e complementos propostos. O XIII Consintsep-GO foi uma demonstração da coesão de princípios e da unidade de propósitos dos trabalhadores do serviço público federal em Goiás.
A CUT saúda a realização deste importante evento que muito engrandece a organização sindical goiana e brasileira! Congressos como esse elevam a consciência dos servidores e possibilitam a efetivação do compromisso com um serviço público digno para os que nele trabalham e acessível à cidadania.
Viva a organização dos servidores públicos federais! Viva a luta sindical!