Escrito por: Maisa Lima

Vigilantes querem visibilidade na sociedade

Encontro que acontece em Goiânia discute as principais demandas da categoria

Um encontro de lideranças do sindicatos CUTistas de vigilantes de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul acontece, hoje e amanhã (26 e 27), no auditório do Hotel Vanarti (Rua Engenheiro Jardins, nº 111, próximo à Praça da Bíblia), em Goiânia.

A expectativa do presidente do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança do Estado de Goiás (Seesvig-GO), Tomé da Costa - que também é secretário de Relações de Trabalho da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO) - , é que a partir deste evento comece a ser construída uma unidade na atuação sindical nestes Estados.

"Somos mais de 1,6 milhão de trabalhadores em todo o País e a grande dificuldade que a categoria enfrenta é a falta de unidade na atuação sindical, pois os problemas são os mesmos em todas as regiões. Estamos buscando uma atuação conjunta, a começar pelo Centro-Oeste", pontua Tomé.

A Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO) esteve representada no encontro, não só na pessoa do próprio presidente do Seesvig-GO, mas também pelos secretários de Políticas Sociais e de Meio Ambiente, respectivamente Antônio Pereira Chagas e Ismael Gonçalves Nunes.

Atuação política

As lideranças presentes pontuaram a necessidade de ter uma orientação política identificada com a realidade da categoria. "A vigilância clandestina, por exemplo,é um problema que atinge não só o sindicato, mas a sociedade em geral. A família que contrata um vigilante sem formação pode estar colocando um inimigo, um porta-voz do bandido, dentro de casa", lembra Tomé.

Os sindicalistas destacaram que a sociedade, a grosso modo, não tem clareza do papel do vigilante. "Muitos nos consideram o braço armado do governo. Ora, o que somos é trabalhadores sofridos, enfrentando sérios problemas de saúde, pois vivemos as 24 horas do dia pensando em bandido. O vigilante, na hora do perigo, precisa tomar a decisão sozinho. Somos muito discriminados", lamenta o presidente do Seesvig-GO. É preciso, portanto, dar mais visibilidade à vigilância privada.