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"Vão esmagar a saúde e a educação", diz Iêda Leal em seminário sobre redução do ICM

Audiência pública sobre o impacto social da política de preços dos combustíveis ocorreu nessa terça-feira (14), em meio às manifestações de movimentos estudantis, sindicais, sociais e políticos

Publicado: 15 Junho, 2022 - 10h39 | Última modificação: 15 Junho, 2022 - 15h53

Escrito por: Gabriella Braga

CNTE
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Brasília foi ocupada por manifestantes durante a mobilização nacional em defesa dos recursos da educação, que ocorreu durante toda esta terça-feira (14). Estudantes, trabalhadores e trabalhadoras da educação e do serviço público, sindicalistas e membros de movimentos sociais, políticos e populares organizaram o "Ocupa Brasília". Entre as principais pautas, estão os constantes ataques à educação pública brasileira e o corte de recusos do Ministério da Educação em 2022.

Já dentro da Câmara dos Deputados, a Liderança da Minoria da Câmara e a Frente Parlamentar em Defesa da Escola Pública e em Respeito ao Profissional da Educação promoveram o seminário “O impacto social da política de preços dos combustíveis”.

O encontro discutiu o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita em 17% a cobrança de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público. A medida, que visa conter o avanço nos preços dos combustíveis, foi aprovada no Senado na segunda-feira (13) e é alvo de constantes críticas. O projeto volta à Câmara dos Deputados para votação das alterações.

Iêda Leal, secretária de Comunicação da CUT-GO e secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), esteve no encontro e reforçou que a medida significaria uma perda na arrecadação de recursos destinados ao funcionamento dos serviços públicos. 

"Somos contrários a retirada de bilhões da educação e da saúde. Foi mostrado aqui que outros caminhos existem [para reduzir o valor do combustível], como a taxação de grandes fortunas e outros mecanismos que nesse momento podem ser adotados para salvar o Brasil", afirmou.

Além disso, a dirigente sindical reforçou o alerta para prefeitos/as e governadores/as. “Nós iremos sangrar até a morte porque a educação não terá condições de sobreviver. Corremos o risco de calote nos salários e temos que mostrar para o país que, ao reduzir o ICMS, eles vão esmagar a saúde, a educação e outras políticas", finalizou.

*Com informações da CNTE