Escrito por: Sintect-GO
Categoria considerou positiva a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho, salvaguardando vários direitos
Apesar de manter o estado de greve, trabalhadores(as) dos Correios em Goiás aprovaram na terça-feira (14), a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para a campanha salarial da categoria.
No último dia 7, o TST propôs 3,68% de reajuste no salário e demais itens financeiros (auxílio-creche, vale-refeição/alimentação, vale-peru e quebra de caixa) e a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2018 do jeito que estava, mas com ressalvas à decisão em relação ao plano de saúde da categoria (DC – 1000295-05.2017.5.00.0000).
Quanto à avaliação da campanha salarial, vários trabalhadores expuseram suas opiniões sobre aceitar ou não a proposta, mas a maioria concordou que fazer greve neste momento não seria a saída mais viável, principalmente levando em consideração que nos últimos anos a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) sempre tem se socorrido com o TST.
Secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect-GO), Elizeu Pereira destaca que é importante que a luta continue. “O estado de greve foi mantido para que a categoria se mantenha mobilizada e lutando, entre outras coisas, contra a abusividade no custeio do plano de saúde”, declarou o dirigente.
O sindicalista afirmou que mais de 16 mil trabalhadores (as) estão sendo empurrados para fora do plano de saúde por falta de condições de arcar com a mensalidade. “Em alguns casos ela supera os 50% do total do salário”, informou.
Anápolis
Em Anápolis, cidade localizada a 48 quilômetros de Goiânia, os trabalhadores aprovaram a proposta apresentada pelo TST, porém mantiveram o estado de greve por conta do plano de saúde da categoria, e fizeram uma moção de repúdio ao presidente da ECT, Carlos Roberto Fortner.
A manutenção do acordo anterior era considerada essencial pelos(as) trabalhadores(as), que temiam a perda de direitos. Desde a aprovação da Reforma Trabalhista, a direção da estatal tenta aplicar medidas que afetam os direitos dos funcionários. Por isso, o estado de greve se mantém.