Escrito por: Gabriella Braga

Trabalhadores do transporte coletivo urbano votam a favor de greve em Goiânia

Última rodada de negociação com o sindicato patronal será feita nesta quinta-feira (28), com intermediação do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO). Categoria cobra 15% de reajuste salarial

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Terminal Padre Pelágio, no bairro Ipiranga, em Goiânia

Em Assembleia do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo) na manhã desta terça-feira (27), a categoria deliberou a favor da greve do transporte público a partir desta sexta-feira (30). O encontro ocorreu no Terminal Padre Pelágio, no bairro Ipiranga.

A paralisação dos/as trabalhadores/as tem como objetivo pressionar o sindicato patronal a apresentar um maior percentual de reajuste salarial. Durante as tratativas entre as entidades sindicais e o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), as empresas apresentaram a proposta de 7%. A reivindicação da categoria é de 15%.

Além do reajuste salarial, os/as profissionais discutiram questões relativas à segurança, carga horária e outros benefícios. "Estaremos amanhã reunidos com os empresários em uma última rodada de negociação, onde esperamos que as empresa venham com uma proposta decente para a categoria", diz Fernando Ferreira, diretor do Sindcoletivo.

A reunião será feita na tarde desta quarta-feira (28) no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região para buscar uma solução para o impasse entre o sindicato dos/as trabalhadores/as e o patronal. "Mediação onde as empresas vão ter a última oportunidade de cessar a greve com uma proposta decente aos trabalhadores", explica.

Caso a greve venha a ser deflagrada, o funcionanamento do transporte público de Goiânia e Região Metropolitana pode ser significativamente afetado. Por isso, o sindicato solicita apoio e compreensão da sociedade durante o período e reforça que a luta é pela valorização justa dos/as profissionais.

"Desde novembro do ano passado o sindicato vem tentando negociar com os empresários, e eles ficam esticando a corda até chegar nesse momento. Se ocorrer a greve, a culpa não é dos trabalhadores. Somos dignos de um salário melhor e de um reajuste que melhora a vida de todos", acrescenta o dirigente.