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Trabalhadores do Samu de Goiânia entram em greve contra privatização

Proposta apresentada pelo Executivo municipal previa terceirização do serviço. Categoria cobra recuo integral da proposta e melhores condições de trabalho

Publicado: 19 Junho, 2024 - 09h00 | Última modificação: 19 Junho, 2024 - 12h52

Escrito por: Redação CUT-GO

CUT-GO
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Trabalhadores e trabalhadoras do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Goiânia iniciaram nesta terça-feira (18) a greve deflagrada no último dia 12. Em frente ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), a categoria realizou mais uma manifestação nesta terça contra a privatização do serviço.

Os profissionais exigem o recuo integral da proposta de terceirização de serviços prestados pelo SAMU, cujo chamamento de empresas publicado no último dia 14 foi suspenso pelo Executivo municipal após recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

Além do recuo da proposta, a categoria cobra a convocação de mais aprovados do concurso público (Edital 001/2020) para suprir as demandas do órgão, a melhoria das condições de trabalho, como o fim do assédio moral, e a garantia da qualidade do atendimento à população.

"A deliberação foi no sentido de dar continuidade ao movimento para garantirmos que os trabalhadores tenham suas reivindicações atendidas. Atualmente, temos visto falta de gestão e compromisso com a saúde pública de Goiânia. Portanto, queremos dialogar com a gestão municipal para encontrarmos uma solução para os problemas da saúde“, afirmou Néia Vieira, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO).

Pela tarde, representantes do Sindsaúde-GO, Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Associação dos Trabalhadores do SAMU, Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) e da Associação dos Servidores da Urgência e Emergência Pública e Privada de Goiás (ASESGOIAS) estiveram em reunião com a promotora de Justiça Marlene Nunes.

Durante a reunião, as entidades sindicais apresentam à promotoria a atual situação dos problemas que o SAMU enfrenta, como déficit de profissionais, falta de ambulâncias, suspensão de repasse financeiro do Ministério da Saúde ao município de Goiânia por inconformidade na gestão dos recursos, e tentativa de privatização dos serviços, para solicitar a intervenção jurídica do MP-GO junto à Prefeitura.