Escrito por: Laryssa Machado (Sintect-GO)
Assembleia geral e assembleias regionais acontecerão no dia 7 de agosto, para deliberação da greve geral a partir das 22 horas do mesmo dia
Diante dos ataques e da retirada de direitos que toda a categoria vem sofrendo, o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect-GO) convoca todos(as) os(as) trabalhadores e trabalhadoras a participar da assembleia geral e das assembleias regionais, no dia 7 de agosto, para deliberação da greve geral a partir das 22 horas do mesmo dia.
Em Goiânia (GO), a assembleia geral será realizada a partir das 18h30 em frente à Agência Central, situada na Praça Cívica e as assembleias regionais a partir das 16h30.
Após mais de um mês de reuniões entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o Comando Nacional de Mobilização e Negociação da Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), nas quais a empresa somente apresentou ataques aos direitos históricos conquistados há décadas pela categoria, os trabalhadores e trabalhadoras são chamados mais uma vez a mostrar sua força e unidade na luta em defesa de seus direitos!
Vários cortes foram apresentados, um verdadeiro pacote de maldades em que a ECT visa economizar R$ 880 milhões nas costas dos trabalhadores. A presidência da empresa ainda teve a coragem de propor 1,58% de reajuste, o que não representa sequer a inflação aferida pelo menor índice do período, uma verdadeira afronta à categoria, que já vem sendo tão onerada com a cobrança imposta no plano de saúde, após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em conluio com a ECT. Sem contar a falta de efetivo, a precarização, o sucateamento, os assédios morais, problemas aos quais os trabalhadores e trabalhadoras são expostos todos os dias.
Déficit
A empresa insiste no déficit, mas não mostra a sobrecarga nas unidades; não se propõe a reduzir os altos salarários dos seus escalões superiores (são oito vice-presidentes ganhando em média R$ 40mil por mês); não avalia a redução dos gastos de chefias com trabalhos aos fins de semana. Na Superintedência Estadual de Goiás, no mês de fevereiro foram pago a quatro gestores os seguintes valores: R$3.532,53; R$2.152,17; R$1.644,29 e R$1.215,98, por repouso trabalhado no CTCE. Sem contar os milhões gastos em patrocínios e viagens das vice-presidências para o exterior.
Exemplos como estes mostram que a ECT não está preocupada com o déficit, mas sim em rasgar o Acordo Coletivo da categoria, implementar a Reforma Trabalhista, retirar direitos dos trabalhadores e sucatear a empresa, para depois vendê-la a preço de banana.
Neste cenário de Reforma Trabalhista e ataques à classe trabalhadora, os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios precisam lutar para manter seus empregos e direitos. Não podemos aceitar todos estes cortes que ECT e governo querem impor à categoria para cumprir com uma planilha neoliberal de desmonte do patrimônio brasileiro, de entrega da soberania via sucateamento das estatais e retiradas de direitos. Direitos se ampliam, não se retiram!
Proposta
Diante da rejeição unânime da proposta da ECT para o ACT 2018, no dia 31 de julho foi apresentada uma nova proposta, porém ainda rebaixada e que não atende às demandas dos trabalhadores. Em relação ao reajuste salarial, a ECT propôs 2,21%, contudo a projeção dela mesma é que o Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegue a 3,68%. A empresa aceita prorrogar as negociações até o dia 14 de agosto, mas não garantiu a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho atual.
Além disso manteve a exclusão e redução de vários direitos da categoria:
• 2,21% de aumento no salário (60% do INPC)
• Quantidade de tickets referente aos dias efetivamente trabalhados, incluindo os dias de feriados municipal, estadual e federal. Em caso de férias, abono médico ou afastamentos o ticket será suspenso;
• Exclusão do Vale Cultura;
• Redução dos dias de acompanhamento médico para no máximo 3 dias, mantendo 6 dias ou 12 turnos para dependentes com deficiência;
• Redução do valor pago no repouso remunerado (de 200% para 100%);
• Manter a mesma quantidade de liberação dos dirigentes sindicais, mas com ônus de 50% para os Correios e 50% para as Federações;
• Dentre outros
Fiquem atentos e vamos à luta, pois direitos se ampliam, não se retiram!