Escrito por: Gabriella Braga

SINTEGO: Trabalhadores e trabalhadoras da Educação de Goiânia continuam em greve

Profissionais reivindicam piso salarial de 33,24% para professores e professoras, além do pagamento da data-base para servidores e servidoras do administrativo

Sintego

A greve continua. Depois de 21 dias, trabalhadores e trabalhadoras da Educação da Rede Municipal de Goiânia definiram que paralisação segue por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante Assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO) na manhã de segunda-feira (4), no Cepal do Setor Sul, onde foram apresentadas as novas propostas da Prefeitura de Goiânia.

Entre as propostas da administração, está o pagamento das datas-base de 2020 e 2021 (9,32%) para servidores e servidoras administrativos/as neste mês de abril, além do valor referente a 2022 (12%), que seria pago apenas em maio. É previsto ainda a criação do auxílio transporte e locomoção, no valor de R$ 250, e a discussão do novo plano de carreira no segundo semestre deste ano.

Para professores e professoras, a proposta mantém o percentual de 10,16% para os profissionais de nível 2, contrariando os 33,24% reivindicados pelo SINTEGO, e um reajuste de 50% no auxílio transporte e locomoção, sem retroativo a janeiro.

Em decisão por unanimidade, a Assembleia rejeitou a proposta da gestão municipal e definiu que a greve continua.

Segundo a presidenta Bia de Lima, que também é a presidenta da CUT-GO, o Sindicato já obteve alguns avanços nas negociações, como o aumento de 7,5% para 10,16% no Piso do Magistério, além do reajuste de 50% no auxílio transporte e locomoção.

"A greve já é uma vitória. O fato de considerar a luta até agora vitoriosa não significa dizer que não saibamos o quanto queremos, e queremos mais", reforçou Bia.

Na quarta-feira (6), o Projeto de Lei (PL) que consta os percentuais do piso para professores e professoras e a data-base de servidores e servidoras do administrativo foi enviado à Câmara. 

Desde terça-feira (5), trabalhadores e trabalhadoras da Educação se reúnem em vigília na porta da Câmara Municipal de Goiânia para pressionar os vereadores e vereadoras a rejeitarem a proposta.