Escrito por: Juliano Cavalcante

SINTEGO e Sindsaúde fazem ato em defesa do IMAS

Sindicatos se unem contra o desmonte do serviço público

SINTEGO e Sindsaúde, os maiores sindicatos de base do estado, realizaram nesta segunda-feira, 15 de setembro, ato em defesa do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (IMAS).

 A manifestação em frente a sede do instituto reuniu dirigentes sindicais e trabalhadores/as indignados com a falta de assistência do plano. Beneficiários reclamam das horas em frente ao celular para tentar agendar uma consulta, muitas das vezes, não concretizada.

A mensalidade dos servidores está em dia, assim como a falta de profissionais de saúde especializados para atender as suas necessidades. A prefeitura, além de não fornecer um serviço decente aos seus moradores, ainda pretende privatizar o IMAS, colocando as suas responsabilidades nas mãos de empresas terceirizadas.

Os manifestantes presentes reivindicaram que o município assuma suas dívidas com os prestadores, que contados os valores não repassados, se aproximam dos 250 milhões.

Durante a mobilização foi apresentado um plano para reorganizar o IMAS, que se baseia em três pilares: o pagamento da dívida com os prestadores através do estabelecimento  de uma mesa de negociação para efetivar um plano de pagamento; o aumento dos recursos de arrecadação do programa para que ele funcione integralmente, passando de 15 milhões ao mês (realidade atual), para 25 a 30 milhões; a inclusão dos servidores na administração do programa para que sua reestruturação seja participativa e popular.

Em discurso, o secretário de finanças da CUT, Napoleão Batista, reiterou os deveres da central para com o povo.

“Nós defendemos o nosso patrimônio porque isso faz parte da luta pela vida.  Estamos aqui juntos em frente ao IMAS para cobrar do prefeito um cuidado maior do programa, pois isso é demonstrar respeito aos servidores que o criaram”.

Ludmylla Morais, secretária geral do SINTEGO e de comunicação da CUT, observou que é fundamental o trabalhador defender os seus direitos em todos os espaços que frequenta.

É preciso proteger o IMAS nos locais em que estamos, nas escolas, CMEIs e unidades de saúde. Ele nos pertence, a prefeitura não faz favor quando o mesmo funciona bem, nossa parte já fazemos, que é pagar em dia. O prefeito precisa fazer a parte dele também, precisamos cobrar para que ele tenha sensibilidade com as pessoas que estão adoecidas, muitas vezes é o trabalho que adoece”.

Mauro Rubem, deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, esteve presente e secundou as responsabilidades do executivo municipal e seu completo descumprimento.

“Somos defensores do serviço publico, o IMAS é um instrumento que vem funcionando para abastecer o bolso de empresas privadas, todo dinheiro arrecado pela prefeitura vai para os hospitais e clínicas particulares. A sanha desse prefeito em implantar as políticas de direita e liberais vem sucateando os órgãos público concomitantemente”.  

A Central Única dos Trabalhadores reitera seu compromisso em defesa dos direitos dos trabalhadores/as. O IMAS é nosso!!!