Escrito por: Juliano Cavalcante
As negociações seguem mesmo com alguns impasses
O SINTECT-GO juntamente com a FENTECT e demais sindicatos filiados, vem participando das rodadas de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026 (ACT), desde o fim de julho.
Marcada por impasses e grande mobilização das entidades, o processo iniciou no dia 29 de julho após a pauta nacional de reivindicações ser protocolada pela FENTECT e confirmada pelos Correios através do calendário de reuniões.
A luta está em garantir um ACT que traga melhorias concretas aos trabalhadores/as e a estatal, fortalecendo o Correios como órgão público fundamental para o Estado e valorizando seus servidores diante do estabelecimento de medidas concretas, como a convocação de concursados, defesa do plano de saúde e a manutenção das cláusulas sociais.
Acompanhe o caso
Durante o período de negociações, o ACT 2024/2025 foi prorrogado pelos Correios, dando continuidade às cláusulas e segurança jurídica para os funcionários/as enquanto o novo acordo é debatido.
Em agosto, a empresa suspendeu temporariamente as reuniões, alegando falta de autonomia para deliberar sobre as demandas. Com isso, a classe reagiu e dirigentes do SINTECT-GO foram até Brasília para pressionar a retomada das tratativas.
Foram realizadas manifestações em frente ao Ministério da Fazenda, onde foi entregue uma carta ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com propostas para fortalecer os Correios. O documento abordou temas centrais, como a revogação da Portaria 1086/24, responsável por retirar a exclusividade da estatal no desembaraço de remessas internacionais; a Lei 14.902/24, que instituiu a chamada "taxa das businhas"; a recuperação de créditos tributários de 1,8 bilhão de reais; e a necessidade de aporte financeiro emergencial para assegurar a sustentabilidade da empresa.
Após o ato, uma comissão formada por representantes da FENTECT e dos sindicatos, foi recebida pelo diretor de Gestão de Pessoas dos Correios, Getúlio Ferreira, o que possibilitou a reabertura das negociações. No entanto, alguns pontos de empasse permanecem após a direção apresentar um "projeto de rotas" inspirado em instituições privadas que não funciona em Goiás, e a proposta de jornada 12x36, que precariza o trabalho e compromete a saúde e o convívio familiar dos ecetistas.
O SINTECT-GO e a FENTECT têm denunciado que o sucateamento da empresa nos últimos anos foi intencional, e defende que a solução para tal crise não está no corte de direitos e na flexibilização de jornadas, mas em investimento na reestruturação operacional, contratação de efetivos, melhorias na gestão na luta unificada da categoria e a valorização dos trabalhadores/as
Ativo nas discussões e mobilizações, o sindicato reafirma seu compromisso com o diálogo, a transparência e a luta por toda a categoria ecetista e por uma
estatal pública de qualidade.
*Com informações do SINTECT-GO*
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