Escrito por: CUT-GO com Sindsaúde-GO

Sindsaúde-GO busca Ministério da Saúde para discutir crise no Samu de Goiânia

Prefeitura tem tentado terceirizar serviços do Samu mesmo com determinação do Tribunal de Contas para anular processo

SINDSAÚDE

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO) esteve reunido com técnicos do Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (26), para discutir soluções para a crise no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia.

A agenda com a coordenação nacional do Samu foi solicitada pela deputada federal, Adriana Accorsi (PT). Durante a reunião, foi ressaltada a gravidade da situação, destacando que tanto servidores quanto a população estão sendo duramente afetados pelo desmonte do serviço.

Na quarta-feira, a Prefeitura de Goiânia voltou a publicar o processo para contratação de empresa especializada na prestação dos serviços do Samu, apesar do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) ter considerado a iniciativa ilegal e pedido a nulidade da terceirização dos serviços.

Segundo a presidenta do Sindsaúde-GO, Néia Vieira, o desmonte do Samu é aparentemente intencional, utilizado pela gestão municipal como justificativa para a privatização dos serviços. Ela relatou que a população enfrenta sérias dificuldades em obter socorro, já que os telefones do Samu estão inoperantes há pelo menos três dias. "A gestão de Goiânia está prejudicando diretamente a vida dos cidadãos ao desmontar propositalmente um serviço essencial como o Samu", afirmou.

Os técnicos do Ministério da Saúde consideram a situação em Goiânia extremamente preocupante e confirmaram que a prefeitura ainda não comunicou qualquer adequação para corrigir os problemas identificados. Por essa razão, o município permanece inelegível para o recebimento de novas ambulâncias do Ministério da Saúde.