Servidores municipais de Goiânia aprovam paralisação no dia 15 de agosto
Prefeito não paga data-base e ainda quer mexer na Previdência dos trabalhadores
Publicado: 07 Agosto, 2018 - 16h01 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 10h10
Escrito por: Sindsaúde-GO e Maísa Lima
O funcionalismo municipal de Goiânia decidiu paralisar as atividades no próximo dia 15 de agosto. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (7) durante uma assembleia geral unificada que reuniu cerca de 500 servidores da Saúde, Educação, Segurança e Fisco em protesto contra a falta de avanços nas negociações com o prefeito Iris Rezende (MDB).
Ficou definido que o ponto de concentração será a Câmara Municipal e a mobilização está prevista para começar a partir das 8h.
“Nós não vamos aceitar essa reforma da previdência e muito menos o parcelamento da data-base em oito vezes. Essa proposta é um desrespeito para com os trabalhadores”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves.
Em reuniões anteriores no Paço Municipal, a Prefeitura propôs o pagamento da data-base de 2017 (4,08%) e de 2018 (2,76%) em oito parcelas caso conseguisse aprovar a reforma da Previdência Municipal na Câmara. Um novo projeto, o PLC 031/2018, que prevê essas mudanças, já chegou ao Legislativo e está em tramitação.
Previdência
O Sindsaúde e as demais entidades entendem que a proposta de reforma só será viável se forem acatadas as 32 mudanças efetuadas pelo Conselho Municipal de Assistência Previdenciária (CMAP), órgão máximo deliberativo do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (IPSM).
“Todos os dias o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) estará na Câmara para acompanhar a tramitação desse projeto, que tem muitos pontos com os quais não concordamos. Em todos os dias de votação haverá greve”, afirmou a presidenta do Sintego, Bia de Lima.
A reforma da Previdência é um ponto de impasse na negociação porque aumenta a contribuição dos servidores de 11% para 14% e ainda joga a Dívida Ativa do Município para o IPSM, prejudicando milhares de trabalhadores. Outra deliberação da assembleia é que a referida reforma (com as devidas emendas do CMAP) só continuará tramitando no Legislativo quando chegar à Câmara o projeto de lei prevendo o pagando das Datas-bases de 2017 e 2018.