Escrito por: Maisa Lima, assessora de Comunicação da CUT Goiás

Servidores da Ebserh sinalizam com greve por tempo indeterminado

Em Goiás, são 250 servidores lotados no Hospital das Clínicas da UFG

Durante toda esta quarta-feira (26), cerca de 250 trabalhador@s ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) - vinculada ao Ministério da Educação (MEC) – cruzaram os braços no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG). Uma advertência ao governo federal, que se recusa a negociar reposição salarial.  Uma manifestação aconteceu por volta das 10h30 em frente à recepção central do hospital e contou com a participação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsep-GO) - filiado à Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) -, Ademar Rodrigues de Souza. Ademar deixou claro que o objetivo do governo golpista de Michel Temer (PMDB) é sucatear o serviço público federal. “É curioso que o governo federal aposte num plano de demissão voluntária em massa. Ainda mais porque ele representará, ao contrário do que supostamente interessa ao governo, aumento de gastos, em função das indenizações a serem pagas”. Ele deixou claro que essa paralisação de 24 horas pode evoluir para uma greve por tempo indeterminado. Servidores x EmpregosSegundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), o Brasil tem 12,1 servidores por cada 100 empregos no País. É uma posição modesta, inferior a de países liberais, como EUA, Alemanha e Inglaterra, cujos servidores ocupam, respectivamente, 14,6%, 15,4% e 23,5% dos empregos totais de seus países. A pergunta que não quer calar é: Estes servidores não farão falta? E olha que o PDV é lançado no momento em que o País experimenta sua maior taxa de desemprego em décadas. NegociaçãoDesde o fim de 2016, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal e a Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), junto com a Comissão Nacional de Representantes dos Trabalhadores da Ebserh busca abrir as negociações com a direção da empresa quanto ao acordo coletivo de trabalho 2017/2018.  Da entrega da pauta de reivindicações da categoria – em dezembro de 2016 – até agora, já foram realizadas quatro reuniões, sem qualquer avanço efetivo nas negociações. Nem mesmo uma contraproposta a Ebserh se dignou a apresentar. “Já se passaram quatro meses da Data?Base (1º de março) da categoria, sem qualquer perspectiva de negociação. Diante da falta de compromisso da empresa ante nossas reivindicações por reajuste salarial e melhores condições de trabalho, optamos por uma mobilização geral, que está acontecendo em todo o País”, declarou Jeovane Martins, delegado do Sintsep-GO.