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Saúde bucal é um direito ainda distante do goianiense

Expectativa é que em 2021 cerca de 44% da população de Goiânia possa ter acesso ao serviço

Publicado: 05 Fevereiro, 2019 - 12h48 | Última modificação: 05 Fevereiro, 2019 - 13h00

Escrito por: Maísa Lima e Laryssa Machado

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Nesta quarta-feira (6) acontecerá em Goiânia (GO) a 10ª Conferência Municipal de Saúde, com a etapa temática Saúde Bucal e Democracia. O evento, aberto ao público, terá lugar no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social, localizada à Rua 25-A, no Setor Aeroporto.

Para falar sobre o assunto estiveram no estúdio da Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com.br) o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Goiás (Soego), José Milhomem; e o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás), Mauro Rubem, que também é dentista.

Outro tema abordado nesta edição do programa Antena Ligada foi a entrega de correspondência nestes dias de calor intenso. Preocupação trazida pelo secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect), Joelcio Silva.

Cobertura e suprimentos
Milhomem criticou duramente a situação das unidades de saúde odontológicas da capital goiana. Disse que nelas existe uma falta endêmica de suprimentos e que a maioria está sucateada. “Poucos sabem, mas cerca de 70% dos problemas cardíacos começam com um dente inflamado lá na infância”, conta.

Para o presidente do Soego, pelo andar da carruagem vamos chegar ao ano de 2050 ainda como um país de desdentados. “A expectativa é que tenhamos, até 2021 cerca de 44% de cobertura de saúde bucal. Já tivemos uma Superintendência de Saúde Bucal, mas ela acabou”, lamenta.

Maísa LimaMaísa Lima
Mauro Rubem, Joelson e Milhomem estiveram no estúdio da RT

Mauro Rubem aproveitou para falar sobre o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência, vazada pela imprensa. “São dois grandes interesses: querem colocar a mão no dinheiro do trabalhador e acentuar as desigualdades brasileiras. Somos francamente contrários à proposta e temos um calendário de mobilizações

Calor e correspondência

O mês de janeiro foi muito quente em várias partes do País, inclusive em Goiânia. No dia 23, a temperatura máxima chegou a 36,7ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Se o calor já é ruim, imagina para quem trabalha debaixo do sol quente diariamente, como os carteiros.

Mesmo utilizando uniforme com manga longa e protetor solar, que devem ser fornecidos pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), os carteiros ficam expostos ao sol o dia todo, podendo ter a pele agredida, insolação, queimaduras, bolhas, problemas de pressão, desidratação, mal-estar e até um câncer de pele.

“É neste cenário que a entrega matutina faz ainda mais falta. Por anos os trabalhadores reivindicam que as entregas sejam realizadas em horários com temperaturas mais amenas, que é a parte da manhã”, comenta Joelson. A implantação da entrega matutina está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho da categoria, contudo, a ECT escolhe os setores e cidades por meio de critérios próprios, e, por conta disso, ela só foi implantada em poucos lugares.