Ruas de Goiânia são tomadas por manifestantes pela democracia e pela educação
Ato é uma resposta clara aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado democrático de direito e ao sistema eleitoral brasileiro
Publicado: 12 Agosto, 2022 - 09h58 | Última modificação: 12 Agosto, 2022 - 11h02
Escrito por: Gabriella Braga
As ruas da capital goiana foram tomadas por manifestantes nesta quinta-feira (11). A concentração do ato em defesa da democracia, da educação e por eleições livres teve início às 17h na Praça Universitária e seguiu com passeata até a Praça do Bandeirante.
Representantes da CUT Goiás e suas entidades filiadas, como o Sintego, Adufg-Sindicato, Sintfesp-GO/TO, Sintsep-GO, Sintect-GO, Fetraf-GO, Sindsaúde-GO, além de outras centrais sindicais, sindicatos, movimentos estudantis, populares e sociais, e partidos políticos, marcaram presença no local durante a mobilização nacional que marca a retomada de protestos nas ruas.
O ato, que ocorreu em 22 capitais brasileiras, é uma resposta clara aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao estado democrático de direito e ao sistema eleitoral brasileiro. Em celebração ao Dia do Estudante, a manifestação também teve como pauta principal a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos/as brasileiros e brasileiras.
"Esse momento aqui é de memória histórica. Tanto se fala em golpe, no período da ditadura, de trabalhadores e lideranças de movimentos estudantis que foram torturados. Aqui [nas ruas] é onde sempre fizemos nossa luta pela construção do Brasil que queremos, pela democracia. Então, no dia 2 de outubro, devemos eleger uma grande bancada de parlamentares que defendam de fato a classe trabalhadora e os estudantes, para que não aconteçam golpes como vem acontecendo no nosso país", afirmou o presidente em exercício da CUT-GO, Antônio Neto.
Para endossar a luta em defesa da democracia, o presidente do Adufg-Sindicato, Geci Silva, o presidente da União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), Ranilson Junior, e a advogada Glaucia Teodoro fizeram a leitura da "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito". O manifesto foi produzido pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e já conta com mais de 1 milhão de assinaturas.