Escrito por: Maísa Lima

Reação: trabalhadorxs dos Correios fazem assembleia e jornalistas defendem registro

O governo Bolsonaro continua tocando o bonde do desmonte do Estado e precarização do trabalho, mas tem resistência no trecho!

Oficina da NET
Nesta terça-feira tem assembleia na Agência Central dos Correios e Goiânia: às 18h30, na Praça Cívic

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios podem entrar em greve a partir desta terça-feira (3). A informação foi dada pela secretária da Mulher Trabalhadora do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect-GO), Dirlene Ferreira, durante entrevista ao programa Antena Ligada da Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com.br), que foi ao ar na manhã de hoje.

Dirlene explicou que a categoria fará uma assembleia em Goiânia (GO) às 18h30, em frente à Agência Central dos Correios, localizada na Praça Cívica. As assembleias acontecerão também nas principais cidades do interior. Os trabalhadores e trabalhadoras estão às voltas com péssimas condições de trabalho e a ameaça constante de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos  (ECT), que já vem se desenhando no desmonte da estrutura da estatal, que fecha agências e ataca os servidores, que hoje sequer conseguem pagar o plano de saúde.

"A realidade diária dos Correios é muito dura. Mas o desafio é maior ainda para as mulheres, principalmente depois das Reformas Trabalhista e da Previdência. Além das condições precárias de trabalho, estamos lidando com sobrecarga e volta e meia acontecem casos de assédio moral e sexual", denunciou a sindicalista, que reafirmou a importância da participaçao feminina nas atividades do 8 de Março - Dia Internacional da Mulher - e 18 de Março - Dia Nacional de Lutas, que em Goiás está sendo organizado pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania: será às 16 horas, na Praça Universitária, em Goiânia.

Jornalistas

A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) Maria José Braga, a Zequinha, também esteve na bancada do Antena Ligada desta terça e falou da importância da mobilização da categoria e de toda a sociedade para evitar que a Medida Provisória (MP) 905/2019 extingua a exigência do registro para jornalistas e outras 12 profissões. Um ato vai acontecer nesta quinta-feira (5), na Câmara Municipal de Goiânia, às 10 horas.

Zequinha também abordou os ataques recorrentes que a imprensa e os jornalistas têm sido vítimas no governo de Jair Bolsonaro: nada menos que 208 casos, conforme relatório da Fenaj. E destes, 58% desfechados pelo próprio presidente da República. "Bolsonaro não desrespeita apenas a imprensa e o direito da população ser informada dos atos do governo. Ao agredir jornalistas - principalmente mulheres - ele fere a liturgia do cargo, incorre em crime de responsabilidade e desrespeita o povo brasileiro", sintetizou.

A sindicalista lembrou que dezenas de pedidos de investigação de condutas impróprias do presidente repousam nas gavetas do Congresso Nacional, que não leva o debate adiante. "A sociedade está perplexa com as sandices que se repetem dia a dia, mas parece que nossos parlamentares não tomam coonhecimento desse fato", criticou.