Escrito por: Gabriella Braga
Diretor do Adufg-Sindicato ficará à frente da Central goiana nos próximos quatro anos, ao lado do vice-presidente Ademar Rodrigues, do Sintsep-GO, e demais membros e membras da nova diretoria
O professor Flávio Silva foi eleito para a assumir a presidência da Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO) no próximo quadriênio (2023-2027). A definição da nova diretoria ocorreu durante o 16° Congresso Estadual da CUT Goiás (CECUT) Jornalista Maísa Lima, realizado neste sábado (12), no auditório Carlos Vieira da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Diretor do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), Flávio assume a presidência da Central goiana em um momento de reconstrução dos direitos da classe trabalhadora, perdidos nos últimos anos. A nova diretoria terá, como ponto central, retomar esses direitos e avançar na luta dos trabalhadores e trabalhadoras do estado e do país.
"Me sinto muito honrado de estar presidindo a CUT. Tivemos seis anos de desgoverno, agora temos um governo que recebe os sindicatos, e o presidente Lula enfatizou que devemos cobrá-lo as nossas demandas. Foram muitos ataques nos últimos anos, os trabalhadores perderam muito no Brasil. Podem contar comigo, que vamos cuidar da CUT", pontuou o presidente eleito da CUT-GO.
A presidenta da atual gestão, Bia de Lima, destacou a importante e relevante atuação da atual gestão da CUT-GO. "É uma experiência, um preparo, e uma escola extraordinária. Quem é dirigente sindical não olha para si, olha para a coletividade. E quando a gente olha para a coletividade, a gente sabe o quanto muitas pessoas sofrem, precisam de direitos. Quando você se propõe a lutar em favor de todos, a experiencia enriquecedora, queira ou não, é da pessoa que se propõe. Nesse sentido sou muito agradecida aos companheiros e companheiras que me proporcionou a oportunidade de presidir a CUT-GO pela terceira vez", disse.
Ainda durante o 16° CECUT Goiás, delegados e delegadas aprovaram o plano de lutas e estratégias para os próximos quatro anos. Dentre os pontos, a luta em defesa da democracia, a revisão das reformas trabalhista e previdenciária, luta contra a precarização das condições de trabalho, ampliação de ações de combate à extrema direita, e investimentos na educação básica e nas universidades públicas.
Além destes, a ampliação e o fortalecimento da luta contra as privatizações, a luta pela reforma agrária e pela agricultura familiar, e contra a criminalização do movimento sindical e popular, a definição do salário igual para mulheres e homens, o reforço da luta contra a reforma administrativa e contra o marco temporal, dentre outros pontos.
Participantes debateram ainda temas relacionados à organização sindical e o fortalecimento da classe trabalhadora, além do financiamento dos sindicatos. Pautas específicas de cada categoria também foram tratadas em conjunto no Congresso estadual.