Escrito por: Maísa Lima
Professoras da rede municipal de ensino preocupam-se com possível fechamento de salas de aula
A Escola Municipal João Clarimundo de Oliveira, localizada no setor Água Branca, em Goiânia (GO), está buscando novos alunos para a Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (Eaja). Embora, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital tenha quase 32 mil analfabetos, eles estão longe da sala ded aula e é isso que a diretora Jacimara Paiva pretende mudar.
"Essa modalidade de ensino é voltada para as pessoas que trabalham o dia todo e só podem estudar à noite. No município de Goiânia aceitamos alunos(as) com 15 anos ou mais. Já na rede estadual de ensino só quem tem acima de 18", informa Jacimara, cuja aluna mais velha tem 82 anos.
A diretora lembra que estudar faz bem. Não só porque o mercado de trabalho exige escolarização, mas também para facilitar a socialização desses alunos e manter a mente alerta. Assim, se você conhece alguém que ainda não concluiu o ensino fundamental ou mesmo sequer teve oportunidade de aprender a ler e escrever, sugira que se matricule! Isso pode ser feito a qualquer tempo e mesmo que a pessoa não tenha todos os documentos necessários.
"Caiu 24% o número de alunos nas salas de EAJA. Onde eles estão? Sabemos que tem gente precisando desse serviços. Talvez o que esteja faltando é divulgação", lamenta Jacimara. Para saber mais ligue: (62) 3206-3851 ou 3284-3451.
Marcha das Margaridas
Diretamente de Brasília (DF), onde acontece a 6ª Marcha das Margaridas, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp-GO/TO) Rita Aparecida da Silva Azevedo deu um depoimento emocionado à Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com.br) sobre a manifestação. "100 mil Margaridas marcham em defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras dos campos, águas, florestas e cidades. Elas vêm de todo canto do País", contou
“É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Esta frase é de Margarida Maria Alves, liderança do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), que lutou pelos direitos dos trabalhadores rurais e foi assassinada a mando de latifundiários em 12 de agosto de 1983. Desde 2000, mulheres trabalhadoras dos campos, das águas, florestas e urbanas organizadas realizam a Marcha das Margaridas, continuidade da luta de Margarida Alves, pelo fim da violência no campo, direitos trabalhistas, e contra todas as formas de violência e opressão.