Escrito por: Sintego e CUT Goiás

NOTA DE SOLIDARIEDADE

Sindicato dos Trabalhadores em Educação e CUT Goiás se solidarizam com professora do IFG

Camila Marques, professora do Instituto Federal de Goiás, foi presa no local de trabalho

Camila Marques, professora do Instituto Federal de Goiás (IFG) e coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), foi presa na manhã desta segunda-feira (15), em seu local de trabalho, no campus Águas Lindas, em uma ação arbitrária da Polícia Civil de Goiás.

Todas as informações disponíveis até o momento indicam que os policiais agiram com truculência, estavam sem mandado judicial, entraram em área de jurisdição federal sem autorização do Reitor do IFG, e também não informaram o motivo da ação.

A legislação brasileira, no Art. 206 da Constituição Federal, garante a liberdade de cátedra dos/as professores/as e defende que educador/a e estudante tenham condições de permanência na escola, pluralismo de ideias, liberdade de aprender, ensinar e divulgar o pensamento. Sendo assim, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e a Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás consideram injustificada a prisão arbitrária de professores/as em seu ambiente de trabalho e compreendem que essa é uma tentativa de intimidação a educadores/as que buscam construir a educação pública, gratuita, laica, democrática e socialmente referenciada.

Registramos que a ação policial em um espaço educacional para cumprir diligência que não tinha como objetivo a defesa de estudantes, professores/as, técnicos/administrativos/as e demais funcionários/as e, sim, para atacar pessoas é ilegal.

Em vídeo, a professora relatou que foi agredida verbalmente pelos policiais, além de ter sido algemada em frente aos/as alunos/as. Ela foi acusada de desobediência por ter gravado um vídeo tentando impedir que alunos adolescentes fossem interrogados pela Polícia Civil. Camila foi levada à delegacia, onde respondeu um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada.

Nos solidarizamos com a companheira Camila e estamos em alerta com situações de repressão, principalmente, nos espaços de ensino. Devemos nos organizar e nos proteger da violência contra os nossos corpos e pensamentos.

Ditadura e censura nunca mais!

SINTEGO
CUT/GO