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Nota de repúdio: contra o racismo na La Liga

Publicado: 22 Maio, 2023 - 11h09

Escrito por: Redação CUT-GO

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Mais uma vez, o atacante brasileiro Vinícius Junior foi vítima de racismo durante um jogo neste domingo entre o Real Madrid e o Valência, na Espanha. É inadmissível o que vem ocorrendo com o jogador no país europeu. Como ele mesmo disse: não é a primeira, nem a segunda e nem a terceira vez que isso acontece.

Mesmo assim, a La Liga – liga do campeonato espanhol – e seus patrocinadores seguem sem tomar medidas drásticas contra aqueles que cometem crime de racismo. Já são oito reclamações de discriminação racial contra Vinícius Jr. apenas nesta temporada, e os casos seguem ocorrendo de forma explícita por parte de torcidas e times rivais.

A violência é tamanha que, em reação a um mata-leão aplicado por um jogador do Valência, o atacante brasileiro foi expulso da partida. Enquanto isso, o presidente da La Liga, Javier Tebas, argumenta que "nem a Espanha, nem a La Liga são racistas" e que não se pode manchar a imagem da competição com os "poucos" casos de racismo.

Ora, se as situações são tão frequentes, como não dizer que a liga do campeonato espanhol é, ao menos, conivente com isso? Não basta dizer que não é racista, é preciso fazer e implementar ações antirracistas. Combater e enfrentar o problema em todos os espaços. Não dá para fingir que isso não acontece, ou dizer que são poucos os casos. Não é argumento.

O presidente Lula (PT), em uma viagem ao Japão, se manifestou contra o episódio e cobrou providências da Fifa e da La Liga. O Ministério da Igualdade Racial disse que atuará em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores para tratar do caso e irá notificar as autoridades e a liga espanhola para que sejam tomadas as medidas necessárias.

O Real Madrid também informou que entrou com denúncia por delitos de ódio e discriminação contra seu jogador. O caso gerou mobilização intensa tanto dentro quanto fora do Brasil. Cada vez mais, a sociedade mostra que não há espaço para tolerância contra o racismo em nenhum lugar do mundo.

A CUT Goiás condena veementemente os ataques e presta toda a solidariedade a Vinícius Jr. Cobramos que todos os envolvidos sejam punidos na forma da lei, e que o futebol mundial invista em ações contra a prática. Racismo é crime!