Institutos tecnológicos de Goiás não pagam trabalhadores

Os trabalhadores (administrativos/as e professores/as) que atuam nos Institutos Tecnológicos de Goiás (ITEGOs) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) realizaram na tarde desta terça-feira (4) um ato na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para denunciar a situação em que se encontram: atrasos de salários, ameaças de demissões e falta de pagamentos de direitos trabalhistas. Muitos são geridos por Organizações Sociais (OSs), como é o caso do Itego em Artes Basileu França, em Goiânia (GO).

Enquanto os/as professores/as e alunos/as do Basileu França realizavam apresentações artísticas na frente da Alego, outras comissões, junto com diretores do Sintego, visitaram os gabinetes dos deputados estaduais para informá-los e pedir apoio frente à situação. Logo depois os trabalhadores ocuparam o plenário da Casa cobrando uma posição. Em suas falas, os deputados se comprometeram em buscar solução para o problema.

A presidenta do Sintego, professora Bia de Lima, saiu da Alego com o compromisso de vários parlamentares de ajudar na interlocução com o governo estadual e ainda de incluir no orçamento impositivo (lei que está em debate na Assembleia) recursos para o pagamento desses profissionais.

“No aspecto judicial, o Sintego protocolou ação civil pública na defesa dos profissionais que atuam pela OS Instituto de Educação Cultural e Tecnologia Reger. O juiz já pediu parecer do Ministério Público (MP-GO), que por sua vez está convocando os responsáveis pela OS e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED) - responsável pelos Itegos - para prestar esclarecimento", informa a sindicalista.

Quanto aos que trabalham para a OS Centro de Educação Continuada (Cegecon), o Sintego convocará em breve nova assembleia para deliberar sobre a ação e representação junto ao MP-GO para cobrar uma profunda fiscalização sobre os contratos e valores pagos às OSs pelo governo de Goiás. "Não dá para os trabalhadores ficarem numa situação de penúria e sofrimento, com os salários atrasados, enquanto outros lucram ganhando altos salários sem nem trabalhar... esta situação tem que acabar”, exigiu Bia.

A Regional do Sintego de Caldas Novas trouxe para o ato os profissionais que atuam na Cotec da cidade e a regional do Sintego em Catalão o trabalhadores e alunos dos IITEGos daquela cidade. O Basileu França foi responsável por expressiva participação e garantiu as apresentações culturais no ato, que contou com uma ampla cobertura de vários veículos de comunicação.

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Os ITEGOs são de responsabilidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura Pecuária e Irrigação (SED) que terceirou a gestão deles à OS. Ao Cegecon foram entregues o Basileu França, em Goiânia; o Itego Goiandira Alves do Couto, na cidade de Goiás; Itego Jerônimo Carlos do Prado, em Goiatuba; e o Itego Wilson Cavalcante Nogueira, em Piracanjuba; além dos Colégios Tecnológicos (Cotecs) em Senador Canedo, Itumbiara, Bela Vista, Inhumas, Itaberaí, Morrinhos e Pontalina. Ao Instituto de Educação Cultura e Tecnologia Reger foi terceirizada a administração dos Itegos Agnaldo de Campos Netto, Itego em Artes Labibe Faiad e Itego Professor Antônio Salles, todos em Catalão; e o Itego Governador Onofre Quinan, em Anápolis.

No final deste ano, a SED não disponibilizou os recursos para pagare os profissionais que atuam nestes centros de Educação. Os que atuam pelo REGER estão há três meses sem receber salários e os que prestam serviços ao Cegecom, há 2 meses.

A Regional do SINTEGO de Caldas Novas, trouxe para o Ato os profissionais que atuam na COTEC em Caldas. A regional do Sintego em Catalão trouxe um ônibus com Profissionais e alunos do ITEGO daquela cidade. O Itego Basileu França foi responsável pela expressiva participação e garantiu as apresentações culturais no ato, que contou com uma ampla cobertura de vários veículos de comunicação.