Grito dos Excluídos reúne 4 mil manifestantes em Goiânia
Além de exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), ato cobrou vacina no braço e comida no prato
Publicado: 08 Setembro, 2021 - 09h21 | Última modificação: 08 Setembro, 2021 - 09h42
Escrito por: Maísa Lima
Pela contagem dos organizadores, o 27º Grito dos Excluídos reuniu cerca de 4 mil pessoas em Goiânia (GO). A concentração começou por volta das 9 horas na Praça do Bandeirante, centro da cidade e terminou na Catedral Metropolitana, por volta das 12h30, sob um forte aparato policial, mas sem o registro de nenhum incidente violento.
Além de exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), os manifestantes também se posicionaram contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que acaba com o Serviço Público; a privatização de empresas públicas; o racismo; a homofobia e a violência policial, e ainda, pela defesa do emprego decente, vacina no braço e comida no prato.
“Estão nos matando. Está acontecendo um genocídio da juventude negra nas periferias brasileiras, sob o manto da impunidade e do silêncio covarde de uma sociedade que ainda não conseguiu se livrar da vergonhosa herança da escravidão”, pontuou a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) – que atua no Brasil há 42 anos -, Iêda Leal, que também é secretaria de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO).
A CUT e demais centrais sindicais registraram manifestações em 220 cidades brasileiras. A mobilização liderada pela Igreja Católica em conjunto com os mais variados movimentos sociais ocorreu também em Portugal e na Alemanha.