Governo não apresenta proposta de reajuste salarial aos servidores públicos
Executivo nega proposta apresentada pela bancada sindical e diz aguardar a confirmação do aumento da arrecadação para propor algum índice
Publicado: 01 Março, 2024 - 10h56 | Última modificação: 01 Março, 2024 - 11h02
Escrito por: Adufg-Sindicato
O governo federal rejeitou oficialmente a contraproposta de reajuste salarial dos servidores públicos. A informação foi repassada pelo secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, nesta quarta-feira (28), durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). Na ocasião, o representante do governo declarou que a atual gestão ainda aguarda a confirmação do aumento da arrecadação para propor algum índice. Uma nova reunião deve ser realizada no mês de maio.
Os representantes das entidades sindicais enfatizaram que a proposta de reajuste zero é inaceitável. "Nossa categoria, por exemplo, amarga uma defasagem salarial de quase 35%, o que afeta seriamente as condições financeiras de cada docente. O governo precisa apresentar, de fato, uma proposta de reajuste para 2024", afirmou Flávio Silva, presidente da CUT-GO, diretor administrativo do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), e vice-presidente da Proifes-Federação.
Flávio também destacou que o movimento sindical precisa continuar mobilizado. "No que diz respeito aos docentes, os sindicatos filiados à Proifes têm levado as discussões para a base. A luta e a nossa participação nas negociações precisam continuar para alcançarmos nosso objetivo. Caso isso não ocorra, pensaremos em conjunto qual será a movimentação para que a categoria saia vitoriosa das negociações", explicou.
Em relação aos benefícios, o governo manteve a proposta de aumento nos vale-alimentação, saúde suplementar e creche, o que totaliza um reajuste de 51,06% nos benefícios. Flávio questionou o secretário de Relações de Trabalho se a atualização dos benefícios estava garantida para maio com a publicação do decreto que confirma a atualização. Feijó respondeu que a proposta foi feita em dezembro e que o governo está aguardando um aceite da categoria.
"É um equívoco o governo querer condicionar a atualização de benefícios ao aceite da proposta de reajuste que ainda nem existe. Esperamos que, pelo menos em relação aos benefícios, a atualização seja feita ainda no mês de maio", acrescentou Flávio.