Escrito por: Gabriella Braga

Governo anuncia proposta de 7,8% de reajuste para servidores públicos federais

Ofício com proposta foi protocolado na noite desta quinta-feira (16), após reunião com entidades sindicais. Vale-alimentação terá reajuste de quase 44%

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Na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente após sua reinstalação, o governo federal anunciou que fará o reajuste de salários e benefícios para servidoras e servidores públicos federais. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (16), em Brasília, e foi coordenado pelo secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça.

Durante a reunião, o secretário anunciou que a previsão orçamentária de 2023 destinada ao reajuste é de R$ 11,2 bilhões. Para isso, colocou as propostas para as entidades sindicais: 7,8% para reajuste concedido no mês de março; 8,5% para o mês de abril; e 9% para o mês de maio. As entidades deveriam escolher uma das propostas.

Já na noite desta quinta, o governo federal protocolou a proposta de 7,8% de reajuste salarial para servidoras e servidores públicos federais do Executivo. A pauta deve ser discutida em nova reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, marcada para 28 de fevereiro. De acordo com o ofício assinado por Sérgio Mendonça, o reajuste salarial começa a valer a partir de 1º de março, além de reajuste de 43,6% no vale-alimentação, que passaria de R$ 458 para R$ 658.

A proposta de reajuste linear deve valer somente para este ano, já que, a partir do próximo ano, o reajuste deve ser discutido em reuniões específicas com cada categoria. Flávio Silva, secretário de Comunicação da CUT-GO e diretor administrativo do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), esteve presente na reunião e apontou que o governo demonstrou reconhecer a defasagem dos salários dos/as servidores/as.

"A atual gestão deixou claro que entende o quanto perdemos nos últimos anos. O governo também deixou claro que reconhece a necessidade de equiparar nossos benefícios aos que são oferecidos aos servidores dos demais poderes", ressaltou Flávio. E finalizou: "Vamos continuar lutando para que nossa demanda seja atendida. Nossas perdas salariais ultrapassam 40%."

Profissionais do serviço público federal têm sofrido há anos com o congelamento salarial. Só no governo de Jair Bolsonaro, quando não houve qualquer reajuste ao funcionalismo público, as perdas salariais acumularam em 27%.