Escrito por: Maísa Lima
Trabalhadores do campo e da cidade estão representados no congresso nacional da CUT
Neste momento acontece em Praia Grande, no litoral sul paulista, o 13º Congresso Nacional da CUT “Lula Livre” – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia, que prossegue até quinta-feira (10).
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) surgiu em 1983 em resistência ao autoritarismo e se vê agora às voltas com um Estado que destrói direitos e políticas públicas voltadas para a classe trabalhadora. Jair Bolsonaro (PSL) é declarado inimigo dos movimentos sociais e dos sindicatos e assumido admirador do regime de 1964.
A CUT Goiás participa do 13º Concut com 33 delegados e 1 observador. São representantes dos trabalhadores da Educação (Sintego), dos funcionários públicos federais (Sintsep), dos Correios (Sintect), da Saúde (Sindsaúde), da Agricultura (Fetaeg) e da Agricultura Familiar (Sintraf Caiapônia/Palestina). Os trabalhadores federais da Seguridade Social e da Saúde enviaram um observador (Sintfesp).
Ao todo são mais de 2 mil delegados e delegadas, do campo e da cidade, de todas as regiões do País. Além disso, mais de 100 sindicalistas de 50 países e representantes de movimentos sociais das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também estão em Praia Grande, onde será eleita a nova diretoria da maior central de trabalhadores da América Latina.
“Acredito que os principais desafios são defender direitos ameaçados por Bolsonaro e traçar um plano de lutas para a organização dos trabalhadores”, pontua o presidente da CUT Goiás, Mauro Rubem.
Conjuntura
O 13º Concut acontece no ano que a CUT completa 36 anos de história de lutas e conquistas e em que, paralelamente, o Brasil vive uma das piores crises econômicas e sociais e tem um governo de extrema direita, ligado ao empresariado e ao mercado internacional.
Mal assumiu, Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta de reforma da Previdência, cortou recursos da Educação e deu início ao seu programa de privatizações, um verdadeiro ataque à soberania nacional.
“Neste Congresso teremos duas importantes tarefas. Uma é nos organizar para enfrentar os desafios do novo mundo do trabalho, que inclui as novas relações do trabalho, os novos modelos de contrato e a inserção das novas tecnologias. A outra é como vamos recuperar a democracia e colocar este País de novo no caminho do crescimento”, afirmou o Secretário-Geral da CUT, Sergio Nobre.