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Em clima de Lula Livre, CUT Goiás realiza seu Congresso Estadual neste sábado (9)

Evento acontecerá no Augustus Hotel, no Centro de Goiânia e reúne delegados que representam as diversas categorias filiadas à Central

Publicado: 08 Novembro, 2019 - 15h58 | Última modificação: 08 Novembro, 2019 - 16h39

Escrito por: Maísa Lima

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A Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) reúne neste sábado (9), no Augustus Hotel, no Centro de Goiânia (GO), delegados que representam as diversas categorias filiadas à entidade, para a realização do seu 15º Congresso Estadual (Cecut-GO). Em pauta, a organização sindical frente à atual conjuntura nacional e a eleição da nova diretoria da Central para os próximos quatro anos. 

São 14 milhões de desempregados no País. Em Goiás, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desocupação no Estado foi de 10,5%. O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas no setor privado com carteira assinada caiu no 2º trimestre de 2019. O número de trabalhadores desocupados ou subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, por sua vez, cresceu em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A reforma da Previdência, duramente criticada e combatida pelas centrais sindicais, passou no Congresso Nacional a peso de ouro. Reforma essa ancorada em uma narrativa falsa, que embora desmontada numa Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) do próprio Senado, que cabalmente demonstrou não haver rombo algum nas contas da aposentadoria, não foi suficiente para conter a rapinagem. Aposentar-se virou um sonho distante, praticamente impossível para quem vai ingressar agora no mercado de trabalho.

E rapidamente o governador de Goiás Ronaldo Caiado (DEM) trata de repetir e ampliar aqui as maldades do seu chefe Jair Bolsonaro. Enviou à Assembleia Legislativa (Alego) uma Proposta de Emenda Constitucional que sobrecarrega sobremaneira os servidores, com uma proposta que eleva a contribuição para o fundo previdenciário em estratosféricos 22%.

No campo, os agricultores familiares assistem ao desmonte de todos os programas que garantiam acesso ao crédito, moradia digna e escoamento da produção. Enquanto o agronegócio se expande criminosamente em áreas de preservação ambiental, com queimadas destruindo a Floresta Amazônica e o Pantanal, quem garante alimento saudável na mesa do brasileiro está sendo asfixiado e perseguido.

A luta tem que acontecer em todas as frentes. Quase 40 anos após o enfrentamento da ditadura e do empresariado ávido pelo lucro e pela exploração, de novo no embate contra os desmandos autoritários.