Escrito por: Juliano Cavalcante

ECO/CUT realiza Ciclo de Diálogos Formativos para a COP 30

Visando mobilizar os sindicatos para a Conferência que ocorrerá no mês de novembro em Belém-PA, a escola de formação da CUT da região promoveu mais um ciclo de diálogos com as direções.

A Escola Centro-Oeste de Formação Sindical da CUT, realizou na última quinta-feira, 03, o Ciclo de Diálogos Formativos para a COP 30, através da plataforma zoom. A roda de debates inteiramente online teve a mediação de Onivan Correa, coordenador executivo da ECO/CUT, e contou os debatedores(as) Lindomar Padilha, indigenista pelo Conselho Indigenista Missionário, e Maria Petrolina Neto, membro da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra.

Com o tema: “Paz e justiça social nos campos, florestas, águas”, o ciclo busca contribuir para a mobilização da CUT e suas redes de formação nos preparativos para a realização da COP 30, diante o fortalecimento da compreensão do movimento sindical sobre a importância do envolvimento da classe trabalhadora nas temáticas relacionadas ao evento.

A atividade durou quase três horas e adotou um formato mais próximo de uma roda de prosa, onde foram feitas uma média de 5 a 6 perguntas pelo mediador aos debatedores(as), sobre questões ligadas à área de atuação e militância de cada um e ao tema em vigor.  Após 40 minutos de introdução e diálogo com os convidados, foi realizado um debate coletivo, onde os participantes inscritos puderam fazer perguntas ou ponderações acerca do conteúdo. Ao final, os debatedores(as) realizaram suas considerações finais.

Iniciativa voltada para as direções da CUT, as CUT’s estaduais e seus sindicatos filiados, também abastecendo a rede nacional de formação, foi promovida durante toda a dinâmica uma reflexão sobre a importância do acesso democrático à terra e à água como condição estruturante para a paz ambiental.

Outras propostas também foram discutidas, como: o fortalecimento do protagonismo dos povos do campo na construção de políticas públicas e os principais desafios à justiça socioambiental no Brasil, com ênfase nos conflitos por terra, água e territórios tradicionais frente à expansão do agronegócio, da mineração e da grilagem; a construção de uma plataforma coletiva para propostas rumo à COP 30, integrando saberes acadêmicos , populares e tradicionais; e o estímulo da formação política e ambiental de lideranças sindicais, sociais e comunitárias, com foco em juventudes, mulheres, trabalhadores e trabalhadores do campo, povos indígenas e quilombolas.