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Docentes se mobilizam contra desmonte da UEG

Na ocasião, a categoria apresentou documento apontando o que o governo de Goiás tem feito para desmantelar a universidade

Publicado: 17 Abril, 2023 - 17h05 | Última modificação: 18 Abril, 2023 - 08h50

Escrito por: Gabriella Braga

CUT-GO
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A Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (Adueg) esteve, na manhã desta segunda-feira (17), no Ato contra o Desmonte Programado da UEG, em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica de Goiânia. Na ocasião, a categoria apresentou documento apontando o que o governo de Goiás tem feito para desmantelar a universidade.

"O que eles estão reivindicando são apenas as promessas do governo. Sabemos da importância da UEG e defendemos a universidade no sentido de garantir o orçamento público para seu funcionamento. Nós queremos de fato a valorização da UEG, e a valorização dos servidores públicos", aponta Napoleão Batista, secretário de Administração e Finanças da CUT-GO, que esteve no ato.

Dentre os pontos citados no documento, está a retirada dos 2% do orçamento estadual para a UEG; redução das ofertas de cursos no interior, em especial na região Norte de Goiás; represamento de progressões e titulações dos/as docentes; e o impedimento de acesso ao Regime de Dedicação Integral à Docência e Pesquisa (RTIDP).

Não somente, o texto cita a precarização dos contratos temporários para docentes, que não possuem acesso a salários de acordo com a sua titulação, e o aumento de carga horária dos/as docentes efetivos/as e temporários/as, que, inclusive, precisam se deslocar para várias unidades universitárias sem qualquer ajuda de custo.

A categoria reclama ainda da imposição do novo estatuto da UEG, aprovado por meio de decreto em 2020, que destruiu a autonomia da instituição; da centralização das decisões de gestão da universidade em colegiados com pouca ou nenhuma representatidade da comunidade acadêmica, e a nomeação direta de gestores que não fazem parte do quadro da UEG em cargos estratégicos.

O documento aponta também que o aumento exponencial do adoecimento dos docentes é resultado da piora das condições de trabalho, e cita a precarização da política estudantil que garanta a permanência e a fixação dos discentes para promover a conclusão do curso.

No ato, dirigentes da entidade entregaram ofício endereçado ao governador Ronaldo Caiado, que foi protocolizado junto ao Palácio, em que solicitam, com urgência, a realização de audiência para tratar das pautas trabalhistas dos/as docentes da universidade.

Dentre as demandas, o pagamento da data-base de 2022, junto às perdas salariais acumuladas em 40,76%; progressões funcionais de cerca de 200 docentes que concluíram doutorado e pós-doutorado; e o acolhimento dos pedidos de RTIDP para docentes que se interessem pelo regime. Além disso, cobram discussão sobre o novo plano de cargos e salários da carreira docente da UEG.