Escrito por: Gabriella Braga

Dia de Luta contra Aids: viver com o diagnóstico é possível, mas não com preconceito

CUT-GO

De 2012 a 2022, foram registrados 408.257 casos de HIV/Aids no Brasil. Os dados são do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), do Ministério da Saúde. O número de óbitos pela doença também é preocupante: 117.901 registrados de 2012 a 2021, sendo que cerca de 11 mil ocorreram apenas no ano passado.

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda não tem cura, mas a pessoa infectada não necessariamente terá seu quadro evoluído para a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), que é a doença causada pelo vírus. A terapia antirretroviral é um maiores avanços da ciência no tratamento, seu uso permite que a infecção seja controlada, e até mesmo diminui as chances de transmissão.

Mas, mesmo com os avanços científicos, a infecção pelo HIV ainda é bastante preocupante. O estigma que leva a discussão sobre a vida sexual impede que muitas pessoas se protejam de maneira eficaz contra as várias infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Além disso, muitas ainda se sentem envergonhadas para relatar e aceitar seu próprio caso, dificultando a adesão ao tratamento.

O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece testes rápidos de HIV e, caso haja um diagnóstico positivo, o/a paciente é encaminhado/a para acolhimento por profissionais da saúde, que orienta para um tratamento correto com os antirretrovirais, também distribuídos gratuitamente pelo SUS.

Vale lembrar que, por mais que a maioria dos casos ocorram mais em grupos determinados, mulheres e homens independente da sexualidade podem se infectar com o HIV e qualquer outra IST. Por isso, a conscientização através da educação sexual é essencial para a prevenção, diagnóstico e tratamento precoce, medidas que melhoram consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo acometido.

É pensando nisso que o dia 1º de dezembro foi definido como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. O Brasil e o mundo ainda precisa fazer muitos avanços na luta contra a doença e, mais ainda, contra o preconceito que aassola todos e todas que convivem com o vírus. Viver com Aids e HIV é possível, mas com o preconceito não!