Escrito por: Maísa Lima
Vacina já e para todos, manutenção do auxílio emergencial e fortalecimento do SUS estão no topo da lista
Sob o comando da presidenta Bia de Lima, a Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) foi realizada no dia 3 de fevereiro a primeira reunião da direção da entidade neste ano de 2021.
Como a pandemia continua fazendo estragos, a reunião foi híbrida - presencial e remota - e contou com a participação de 17 dirigentes CUTistas.
Desse encontro saíram as principais bandeiras de luta da Central para 2021: Vacina Já e para Todos; Manutenção do Auxílio Emergencial e Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
Todos(as) os(as) dirigentes sindicais se mostraram preocupados com a situação dos aposentados e aposentadas do serviço público estadual. Bia, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) foi contundente ao afirmar que é preciso continuar a luta contra o confisco de 14,25% dos salários que o governo de Ronaldo Caiado (DEM) vem fazendo.
"São cerca de 700 reais a menos todo mês e está tirando justamente de quem mais precisa. Depois de ter contribuído durante toda a vida para a Previdência é isso que o governo faz: desdenha quem trabalhou a vida toda para ter um mínimo de conforto e tranquilidade na maturidade. Esse dinheiro era gasto com remédios e alimentação. Está fazendo muita falta", reforçou a sindicalista.
Destruição
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Sintsep-GO), Ademar Rodrigues observou que para os neoliberais o Estado só pode servir ao capital e nunca à população. Ele alertou para as mazelas que a Reforma Administrativa pretendida pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL): será a destruição do serviço público e dos direitos dos servidores e servidoras.
Ademar também abordou a difícil situação dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. "Enquanto o agronegócio possui todo tipo de benesse do governo, praticamente exporta toda a produção e o resultado é a escalada dos preços dos alimentos".
Em todo o País, no campo e na floresta, a pandemia vem afetando agricultores familiares e extrativistas, setor do qual dependem 18 milhões de brasileiros. Eles sofrem com perda de espaço e falta de renda emergencial. A maior parte da produção era adquirida por órgãos públicos para a merenda e, com o fechamento das escolas, o alimento ficou sem comprador.
Para João Batista de Deus, representante da Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), o que está havendo é uma disputa pelas verbas públicas, em todos os setores. Ele reforçou a importância da luta unificada de todas as centrais sindicais para fazer frente ao desmonte orquestrado pelo governo federal.