MENU

CUT Goiás reforça a participação dos coletivos para o Plebiscito Popular

A entidade nacional iniciou os trabalhos para a realização do Plebiscito Popular contra a escala 6x1 e a defesa da taxação dos super-ricos.

Publicado: 27 Junho, 2025 - 11h53 | Última modificação: 27 Junho, 2025 - 12h03

Escrito por: Juliano Cavalcante

notice

A Central Única dos Trabalhadores tem através do Plebiscito Popular uma ferramenta essencial para se consolidar na disputa política através da articulação com a sociedade civil. O avanço da extrema direita no legislativo e seus projetos de desmonte dos direitos trabalhistas e civis, alertam para a necessidade de uma maior mobilização de base e participação dos coletivos e movimentos populares.

Pensando nessa urgência, a CUT iniciou o processo de efetivação do seu Plebiscito Popular junto a Secretaria Nacional de Formação (SNF), realizando sua primeira oficina de formação na última quarta-feira, 25, de forma online. Com o apoio de diversas organizações sociais, essa etapa da mobilização tem como intuito qualificar a militância sindical para atuar diretamente em seus territórios.

As oficinas serão realizadas durante todo o mês de julho, com a próxima marcada para o dia 30 desse mês, às 15 horas, também de forma online. Todas as atividades de formação serão abertas para as pessoas envolvidas na construção do Plebiscito, das estaduais da CUT, ramos e sindicatos.

Cronograma do Plebiscito

A votação começa logo no dia 1° de julho, como o primeiro mutirão de coleta de votos previsto entre os dias 1° e 6 de julho. A segunda mobilização ocorre de 25 a 27 de julho, seguida por um novo esforço entre os dias 29 e 31 de agosto.

O momento de maior intensificação da campanha será na Semana Nacional de Mobilização, de 1° a 7 de setembro, quando estão previstas grandes votações em praças, escolas, feiras e locais de trabalho.

Eixos temáticos

Com dois temas norteadores muito bem estruturados no Plebiscito, será discutida com a população o fim da escala 6x1 e a isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil. Com a flexibilização das leis trabalhistas impostas pelo governo de Michel Temer (MDB), as jornadas de trabalho tornaram mais intensas, em alguns casos com direito a exclusão do descanso nos domingos sem direito ao acréscimo salarial, afetando diretamente na qualidade de vida do trabalhador. A famosa escala com seis dias de trabalho e apenas um dia de folga, o 6x1 passou a ser 7x0 em muitas ocasiões.

Além da jornada exaustiva, a alta carga tributária desproporcional dirigida aos trabalhadores advindas da desigualdade estrutural na cadeia de privilégios presente em nosso país, onde os super-ricos são isentos de impostos enquanto acumulam patrimônio com dividendos, apertam as amarras da classe pobre em uma escravidão velada.

Para a implementação de uma escala mais justa, 4x3, a isenção tributária para salários de até R$ 5 mil e redução nos valores em quantias entre 5 e 7 mil, é preciso que a mobilização se efetive através da atuação conjunta e solidária dos coletivos.