CUT Goiás participa de audiência pública contra a Reforma Administrativa
Em audiência promovida pelo vereador, Professor Edward-PT, foi discutido com sindicatos e população, todos os pontos nocivos que a Reforma Administrativa trará para a sociedade.
Publicado: 11 Julho, 2025 - 11h50
Escrito por: Juliano Cavalcante

Na tarde de quarta, 09, a CUT Goiás junto com sindicatos e outras centrais sindicais, participou, na Câmara Municipal de Goiânia, de uma audiência pública convocada pelo vereador, Professor Edward, para discutir com o povo sobre o que está em jogo com o andamento da Reforma Administrativa no Congresso Federal.
A proposta de emenda à Constituição pretende acabar com a estabilidade dos servidores públicos, começando a partir da sua limitação em algumas áreas de serviço, além de estagnar os salários e a progressão de carreira.
Representando a CUT, esteve presente a secretária de relações de trabalho, Terezinha Aguiar, que citou em seu discurso o trabalho das três esferas da CUT: federal, estadual e municipal, responsável por discutir a realidade de cada trabalhador e as suas necessidades. Em busca de levar esse debate para órgãos do poder público a fim de solucionar os problemas que assolam nossa classe, Terezinha reiterou que permaneceremos firmes em nossos objetivos.
“O que a reforma tem a ver com estados e municípios? É uma resposta simples: ela vai atingir você que trabalha no estado, você que trabalha no município e mais; você que é cidadão ou cidadã brasileira que busca os serviços públicos de saúde. Ela vai atingir seu filho que estuda na escola pública, a segurança, a previdência, a assistência social e toda prestação de serviço tidas como fundamentais. Nós, servidores, conseguimos barrar a PEC 32, e agora essa discussão retorna através do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, cujo objetivo é “melhorar” o desempenho da máquina pública e colocar a responsabilidade desse exercício no trabalhador. A máquina precisa ir até o cidadão, nós não temos que somente melhorá-la ou acreditar que o servidor tem responsabilidade sobre isso. Hoje a CUT tem um grupo de trabalho onde fazemos essa discussão, chamada de Aliança das Três Esferas, cujo é de entendimento das centrais não somente avaliar e demitir o servidor; a insuficiência do desempenho não está somente no meu trabalho, mas como eu trabalho. Outro ponto que levantamos é a necessidade de disciplinar o trabalho remoto, hoje o teletrabalho é uma realidade e não se tem materiais suficientes para que seja desempenhado um bom exercício. Nesse contexto, as mulheres são mais prejudicadas, visto que elas estão sobre pia, fogão, fraldas e mamadeiras. Para a Central Única dos Trabalhadores, é preciso discutir a realidade das formas de trabalho, resistir e insistir na nossa proposta”, discursa.
Também estiveram presentes para contribuir com o diálogo os advogados(as): Josilma Saraiva- SINTFESP GO/TO; Elias Menta – ADUFG; e Francis Bordas- CNASP.
Deforma Administrativa
A ideia de que se gasta muito com funcionalismo público nesse país é uma falácia. Os servidores não chegam a 20% da mão de obra, sendo presentes em maiores números nas áreas da educação, saúde e segurança. Trabalhadores responsáveis por garantir os direitos fundamentais da sociedade brasileira. Apelidada como Deforma, por buscar mitigar os serviços públicos e abrir mais portas para privatizações e terceirizações, o excerto desenvolvido pelo GT (Grupo de Trabalho), composto pelo centrão, tendo como padrinho, Motta e o deputado da oposição, Zé Trovão, é mais uma tentativa de implementar políticas de desmonte iniciadas pelo presidente anterior.
Em fala, Edward disse que todo esse processo de discussão tem como objetivo fortalecer o Estado;
“Estamos trabalhando de forma antecipada sabendo do histórico da PEC 32. Hoje nós começamos uma jornada de esclarecimento e conscientização das pessoas, para que assim tiremos um calendário de lutas para poder trabalhar essa questão. Isso afeta a vida de todos os brasileiros. Um Estado forte é fundamental para garantir os direitos do povo”, afirma.