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CUT Goiás convoca CUTistas para a 6ª conferência municipal das mulheres

A Central Única dos Trabalhadores reitera a fundamental participação dos seus sindicatos na conferência em prol da defesa dos direitos das mulheres.

Publicado: 26 Junho, 2025 - 13h06 | Última modificação: 26 Junho, 2025 - 13h33

Escrito por: Juliano Cavalcante

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Foto: sindicalistas Sintego

No dia 1° de julho, das 08h às 18h30, ocorrerá no Hub Goiás a 6ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. Organizada pela Superintendência de Políticas para as Mulheres da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos de Goiânia, a conferência abordará o tema nacional “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”; além do subtema “Da Construção à Efetivação: Fortalecer a Rede de Atendimento à Violência de Gênero”.

Com o foco em maior inclusão do público feminino no mundo do trabalho, ao respeito do piso salarial e a realização de concursos públicos, é de suma importância que todas as sindicalizadas da CUT Goiás se mobilizem para garantir sua participação no evento, e levar as pautas necessárias em busca de políticas públicas efetivas do município que alterem a realidade das mulheres goianienses.

Em entrevista para a CUT Goiás, Iêda Leal, tesoureira-geral do Sintego, diretora-executiva do CNTE e voz atuante na defesa da central sindical, abordou temáticas fundamentais que precisam ser discutidas no evento.

“A conferência possibilitará um acerto de pautas entre os movimentos populares e o poder público através da discussão sobre a presença das mulheres nas cidades e nos locais de trabalho. Nós precisamos buscar uma resposta à pergunta que o governo federal está fazendo, quando ele propõe grandes reuniões como essas ao redor do país para discutir temas tão importantes para a sociedade. É preciso dar voz às mulheres em nosso município para que ela chegue até o encontro nacional com uma proposta capaz de garantir o apoio da federação”, diz.

Após dez anos desde a última conferência oficial, o governo do PT recupera a inserção direta da comunidade brasileira em discussões políticas acerca de inúmeras vertentes, capazes de alterar os rumos da realidade de grande parte da população brasileira.

“É bom lembrarmos que esse intervalo sem conferências foi um retrocesso realizado por um grupo que nunca acreditou no diálogo nacional e na discussão das pautas importantes. Essa foi uma de nossas maiores perdas, algo que estamos recuperando ao levantar esses projetos através da participação ativa de nossas entidades”, acrescenta.

Para além do trabalho, as agendas raciais e a violência de gênero devem ser colocadas na mesa.

“Todos os dias em Goiás, nós recebemos a notícia de que alguém atentou contra a vida de mulheres, ou conseguiu eliminar uma mulher. Pouco se discute sobre a falta de respostas diretas da segurança pública, logo é a população que deve estancar essa sangria. Existe uma negação constante de uma vida digna para nós, principalmente mulheres negras, dos grupos sociais em posição de comando. Precisamos levar em consideração a participação das mulheres quilombolas, indígenas, ciganas, ribeirinhas, quebradeiras de coco, jovens, idosas e toda a comunidade LGBTQIAPN+, para reforçar a luta coletiva dentro de eventos como esse.”, discorre.

O diálogo é a ponte para unificar todas as lutas e levá-las até a aplicabilidade dos ideais.

“A participação da Central Única dos Trabalhadores e outras centrais dos partidos políticos que acreditam em um mundo onde seja possível englobar as demandas de todos os corpos sociais, se dá diante da reunião, organização e diálogo. Somos uma central que precisa contribuir para o desenvolvimento do país através do diálogo. É necessário dialogar com os executivos e legislativos de cada município. Temos a presença de secretarias que discutem os direitos humanos, as secretarias de mulheres, dos idosos, da igualdade racial. Nós precisamos entrar para ajudar na discussão de temas prioritários, é preciso analisar, compreender e desenvolver métodos para colocá-los em prática. Na organização da sociedade iremos encontrar os sindicatos, o convite será para juntos continuarmos construindo um país longe dos preconceitos, da discriminação e da violência contra as mulheres. Essa é a nossa grande possibilidade, discutir uma pauta que já é falada na comunicação e que precisa ser incorporada na discussão com as prefeituras. Eu duvido que um dos responsáveis pela gerência da capital, não reconheça a presença importante das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade em geral. Vamos entrar nessa discussão de forma solidária e concreta”, conclui.

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