Escrito por: Juliano Cavalcante

CUT e movimentos populares marcham nas ruas de Goiânia contra o PL da dosimetria

Grande ato nacional do dia 14 reitera a intensa luta popular contra os ataques dos parlamentares de direita à democracia brasileira.

A CUT Goiás, o Fórum Goiano em Defesa da Democracia e da Soberania, a Frente Brasil Popular, o movimento Povo Sem Medo, além de sindicatos, federações e confederações, estiveram nas ruas goianas para dizer NÃO ao PL da Dosimetria em Ato Político-Cultural realizado no último domingo, 14 de dezembro de 2025.

O PL aprovado no dia 10 de dezembro, na Câmara dos Deputados, reduz em 7 anos e 8 meses a pena de 27 anos e 3 meses do ex-presidente golpista Jair Bolsonaro, estabelecendo regime fechado de apenas 2 anos e 4 meses.

Além de beneficiar o ex-presidente, o PL também prevê a progressão de pena para o regime aberto ou semiaberto em crimes contra a administração pública, corrupção e crimes que envolvem violência ou grave ameaça, como coação no curso do processo, incêndio doloso e resistência a agentes públicos.

Em fala durante o ato, Napoleão Batista, diretor da CUT Goiás, destacou que a classe trabalhadora não irá abaixar a cabeça para parlamentares que atentam contra a democracia brasileira.

"O Congresso é inimigo do povo, salvo algumas excessões, como o deputado Rubens Otoni, que está presente no ato. A grande maioria dos Deputados Federais não respeitam o voto popular e a Soberania, aliás, nem sabem o que é Soberania; porque para eles, soberania significa abaixar a cabeça para dirigentes de outros países. Agora, eles estão aprendendo que o povo não aceita mais e diz Não a dosimetria. Não iremos perdoar golpistas, aqueles que queriam destruir o nosso país. Conclamamos juntos: Não à anistia; Não à dosimetria!!"

O Frei Marcos Sassatelli também compareceu ao ato, e em seu discurso, reiterou a necessidade de maior união da classe popular.

"É importante aprendermos a votar em parlamentares que estejam comprometidos com o projeto popular. O Papa Francisco dizia que são os movimentos populares e o trabalhadores unidos que mudam o mundo; mudam o Brasil. Então, dizemos NÃO à anistia, Não ao Marco Temporal! Vamos lutar unidos e multiplicar o trabalho de base para que o povo tome consciência da sua responsabilidade. Nós queremos um projeto social popular, onde todos e todas tenham respeitados os seus direitos. Parabéns a todos que lutam e que estão aqui hoje unidos na mesma luta". 

Durante o ato, trabalhadores e trabalhadoras se reuniram na Praça Universitária e marcharam até a Praça Cívica, em defesa do Estado Democrático de Direito.