Escrito por: Maísa Lima
Militar foi responsável pela agressão que quase mata o estudante Mateus Ferreira
O Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno e a Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT Goiás) vêm a público repudiar a ação do governador Ronaldo Caiado (DEM), de promover – “por merecimento” – o policial militar Augusto Sampaio. Era capitão e agora assume a patente de major.
Sampaio é o truculento policial que no dia 28 de abril de 2017, dia de greve e protesto contra as Reformas da Previdência e Trabalhista pretendidas pelo governo de Michel Temer (MDB) - Reforma Trabalhista esta repudiada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) - quase matou o estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) Mateus Ferreira ao quebrar um cassetete na sua testa.
Ao que parece, Caiado o está recompensando pela atitude vil e covarde, já que Sampaio foi indiciado pela Polícia Civil pela agressão contra Mateus. A lei 8000/1975 no artigo 30 proíbe promoção a oficial que responde a inquérito por crime ou denúncia pelo mesmo motivo. O inquérito concluiu que o militar agiu de forma desproporcional, configurando abuso de autoridade.
No entanto, como ele estava em serviço, o crime de lesão corporal grave deveria ser apurado na esfera militar. De acordo com a Polícia Militar foi instaurado um procedimento para analisar o caso e dois anos depois, o referido processo continua engavetado na PM.
Eis que o governador finge ignorar todo esse histórico e o promove!
Está premiando a violência e reforçando o estereótipo da truculência nas abordagens da Polícia Militar.
Vale lembrar que o Brasil é signatário de todos os tratados defensores dos Direitos Humanos;
Exigimos respeito aos Direitos Humanos e a punição do militar Augusto Sampaio!