Escrito por: Redação CUT-GO

Bolsonaristas derrotados organizam atos golpistas contra vitória de Lula

Lula (PT) venceu a eleição presidencial na noite deste domingo (30), com mais de 60 milhões de votos. Inconformados com a derrota, apoiadores de Bolsonaro interditam vias em todo o Brasil

Derrotados nas urnas, apoiadores e apoiadoras do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com o resultado da eleição presidencial, estão bloqueando rodovias federais e impedindo as pessoas de transitarem em vários estados brasileiros.

Em Goiás, ao menos sete trechos apresentam interdição na manhã desta segunda-feira (31). Manifestantes alegam não aceitar a vitória de Lula (PT), eleito presidente da República pela terceira vez com mais de 60 milhões de votos, e, em tom golpista, exigem que as Forças Armadas tomem o poder.

Apoiadores de Bolsonaro também fecharam rodovias em outros 13 estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Além das 83 interdições já registradas em todo o Brasil, outras estão sendo organizadas para começar nesta segunda-feira.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirma que há bloqueio total do km 102 da BR-060, em Anápolis. Em Jataí, a BR-364, na altura do km 196, está totalmente bloqueada e os apoiadores de Bolsonaro estão queimando pneus no local.

No Entorno do Distrito Federal, há bloqueio total nos dois sentidos do km 19 da BR-040, em Luziânia, e no km 94, em Cristalina, onde há bloqueio parcial. Trabalhadores e estudantes estão sendo impedidos de chegarem em seus destinos, já que muitos moram no DF e trabalham ou estudam em Goiás, e vice-versa.

Quirinópolis apresenta bloqueio na GO-206, no km 136, e na GO-164, km 139. O bloqueio nos dois trechos é apenas para caminhões. Em Itumbiara, o km 703 da BR-153 está interditado parcialmente, mas o congestionamento já passa de 8 km de extensão.

A Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO) pede às autoridades competentes para que ajam imeditamente a fim de evitar que manifestações antidemocráticas tomem conta do país neste período pós-eleitoral. A vontade popular deve ser respeitada e a democracia estabelecida.