Escrito por: Redação CUT-GO
Debate faz alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio
Na semana do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, a presidenta da CUT-GO e deputada estadual, Bia de Lima, promoveu audiência pública para tratar sobre a temática. O debate ocorreu na manhã desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
"Aproveitar para chamar a atenção da sociedade e criar mecanismos para que a gente possa punir quem agride, violenta e abusa das crianças. Precisamos, mais do que isso, evitar que aconteça, porque, uma vez acontecido, o trauma que isso provoca nas crianças é um profundo problema que ela enfrentará pelo resto da vida", explica.
A dirigente ressalta ainda que a audiência visa buscar a construção de propostas em prol da defesa de todas as crianças e adolescentes. "Envolver todas as pessoas que têm essa mesma preocupação que nós em uma ampla rede protetiva para as nossas crianças e adolescentes", destaca.
O debate faz alusão à campanha Faça Bonito, que atua há 23 anos na mobilização nacional pelo enfrentamento à violência sexual. Também foi colocada em pauta a Lei de Alienação Parental. Durante o encontro, Bia destacou que muitos dos casos ocorrem em meio ao ambiente familiar, o que provoca ainda mais danos às crianças e adolescentes.
Para a psicóloga do Núcleo de Vigilância às Violências e Promoção da Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), Maria Aparecida Alves, a lei é um retrocesso e precisa ser revogada. "Essa lei só existe no Brasil e parte do pressuposto que a palavra da criança não vale. É uma violência praticada contra as mulheres, crianças e adolescentes, um verdadeiro absurdo”, protesta.
Promotor de Justiça da Infância e Juventude do Mnistério Público de Goiás (MP-GO), Pedro de Mello Florentino diz que a alienação parental é algo que existe mas "a forma como a lei vem sendo usada, muitas vezes, está equivocada". "Muitas vezes a lei é utilizada para aprofundar alguns divórcios. Quem mais sente as consequências disso são as crianças", aponta.