Escrito por: Maísa Lima, CUT-GO
Em Goiânia (GO), manifestação será em frente à Secretaria Estadual de Segurança Pública às 13 horas desta quinta (13)
Os movimentos negros consideram o dia 13 de maio como uma marca histórica sim, mas da abolição inacabada. E fatos não faltam para confirmar a veracidade dessa afirmação.
Para ficar somente nos mais recentes, podemos citar a chacina na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro (RJ); a pandemia da Covid-19, que mata muito mais negros que brancos, resultado da desigualdade social imposta pelo racismo; e as agressões cotidianas que as pessoas negras sofrem unicamente pela cor da pele.
Nesta quinta (13), a Coalizão Negra realizará atos em todo o País, convocando a sociedade brasileira a parar essa barbárie e o genocídio imposto pelo governos milicianos que dirigem o Brasil e diversos Estados: NEM BALA, NEM FOME, NEM COVID. O POVO NEGRO QUER VIVER!
"A manifestação é pelo fim do genocídio negro e pelo controle social de atuação das polícias! O racismo é perverso e destrói a vida do povo negro. Lutar contra esse crime é papel de toda a sociedade. É uma questão de sobrevivência. Precisamos de comida no prato e vacina no braço", afirma a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) e secretária de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO), Iêda Leal.
Roseane Ramos, secretária de Igualdade Racial da CUT-GO, completa: "Hoje, dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, estaremos em todo Brasil manifestando nossa indignação. Negras e negros continuam sendo exterminados pelo Estado, o racismo estrutural mata e violenta nossos corpos. Basta de Racismo no Trabalho e na Vida!"
Em Goiânia (GO), o ato acontecerá às 13 horas desta quinta (13) em frente à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Avenida Anhanguera, nº 7634, Setor Aeroviário) exigindo respostas ao extermínio de negras e negros em Goiás, mas sem descuidar das medidas protetivas contra a Covid-19, como distanciamento e uso de máscaras.
"O enfrentamento e a superação do racismo é papel fundamental de todos nós e uma bandeira histórica da CUT. O povo negro está sendo assassinado pelas forças de segurança e ninguém é punido. Isso precisa acabar. Por isso faço o chamamento do movimento sindical para unir-se à essa causar e exigir o fim da impunidade e do genocídio em curso", reforça a presidenta da Central em Goiás, Bia de Lima.