Ato político lembra morte do estudante Ismael Silva (Olavo)
Ativistas vão se reunir nesta sexta-feira (9) em frente ao Monumento aos Mortos e Desaparecidos, na confluência da Rua 26 com a Avenida Assis Chateaubriand, no Centro de Goiânia, às 17h30
Publicado: 09 Agosto, 2013 - 09h02
Escrito por: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás

Nesta sexta-feira (9), 41 anos passados da morte do militante político Ismael Silva (Olavo), ativistas das lutas pela verdade, memória e justiça vão se reunir em frente ao Monumento aos Mortos e Desaparecidos, na confluência da Rua 26 com a Avenida Assis Chateaubriand, no Centro de Goiânia, das 17h30 às 18h30, quando vão segurar cruzes que representam os 15 mortos e desaparecidos políticos de Goiás, abrir uma faixa alusiva e distribuir panfleto aos transeuntes.
O ato promovido pelo Comitê Goiano da Verdade, Memória e Justiça, com o apoio da Comissão da Verdade, Memória e Justiça do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás - filiado à Central Única dos Trabalhadores no Estado de Goiás (CUT-GO) -, vai marcar o aniversário de morte de Ismael Silva, um jovem estudante goiano, de apenas 19 anos e que foi assassinado pela Ditadura Militar numa cela do quartel do Exército, em Goiânia, no dia 9 de agosto de 1972.
Sua morte aconteceu depois de quase um mês preso nas dependências do Exército, quando suas forças não resistiram às brutais torturas que lhe eram aplicadas. Depois de fotografado numa posição que simulava o suicídio, as autoridades militares que comandavam o quartel registraram o óbito em cartório e entregaram aos familiares o corpo pequeno e magro do jovem, todo marcado pelos choques elétricos, surras e afogamentos, um dos olhos furados e com unhas dos pés e das mãos arrancadas. Ismael, que tinha na clandestinidade o nome de Olavo, foi um mártir goiano das lutas contra a Ditadura e pela redemocratização do País.
Ato em memória de Ismael Silva!
Sexta-feira, 9 de agosto. 17h30, Avenida Assis Chateaubriand com Rua 26, próximo ao Bosque dos Buritis, junto ao Monumento em Memória dos Mortos e Desaparecidos na ditadura.