Escrito por: Redação CUT-GO
Ficou aprovado a data-base de 5,95% aos servidores públicos
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou em definitivo, em duas votações nesta segunda e terça-feira (22 e 23), o reajuste para os servidores públicos estaduais e para os professores. Ficou aprovado a data-base aos servidores públicos, dividida em duas parcelas: 2,92% em maio e 2,92% em outubro.
O pagamento aos professores será retroativo a janeiro, com o percentual de 14,95%, previstos em lei, apenas para nivel 1 e 2. Para os profissionais do magistério de nível 3 e 4, o reajuste será de 12,1% e 5,93%, respectivamente. O projeto aprovado também acaba com as referências (acréscimo de 2%) para nível 1, 2 e 3.
Presidenta da CUT-GO e deputada estadual, Bia de Lima lamentou os dois projetos, em especial o do piso do magistério, que aplica percentuais diferentes em cada um dos níveis. "Governo quer voltar a ter o primeiro lugar no Ideb. Mas não faz o dever de casa. Dever de casa é pagar o piso na carreira, é respeitar e valorizar o professor".
Também presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia destacou que o governo tem, mais uma vez, pagado o piso só para os professores que recebem abaixo. Neste ano, o reajuste nacional de 14,95% no Piso do Magistério aumentou o vencimento de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
"Infelizmente, mais uma vez, o governo paga o piso só para quem recebe abaixo. E a lei do piso é clara, o piso é para a carreira. Nós tínhamos em Goiás uma carreira, mas hoje não temos mais", aponta a dirigente. E ressalta: "A diferença hoje para quem tem ensino médio e pós graduação é R$ 300. Eu fico envergonhada".
Com o reajuste do magistério aprovado, profissionais de nível 1 e 2 passam a receber o piso, no valor de R$ 4.420,55. Para profissionais de nível 4, que possuem pós-graduação, o valor é pouco maior, de R$ 4.709,81. "Tem que pagar o mesmo percentual para quem mais estudou, para quem se qualificou, para quem tem se dedicado tanto, que é a maioria dos professores hoje, graduado e pós graduado".
Em relação ao parcelamento da data-base, a parlamentar também se posicionou contra. "O que nós queríamos debater (na mesa de negociação) era quais eram os prejuízos que os servidores tiveram ao longo dos anos e o quanto o governo estava disposto a recuperar, repor", disse Bia.
A dirigente disse ainda que, na segunda mesa de negociação, o governo apresentou o percentual e a divisão do pagamento. "Nenhuma entidade concordou com essa proposta do governo. Aqui represento o servidor público, e aqui digo que essa proposta não agrada a ninguém. Não concordamos com o percentual nem com a divisão".