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Antena Ligada debate educação neste 15 de Maio

Sindicalistas e reitor da UFG analisaram o quadro que consideram caótico e avisam: é preciso ir pras ruas defender a educação

Publicado: 15 Maio, 2019 - 11h54

Escrito por: Maísa Lima

Carlito
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Mauro, Adriana, Railton, Bia e Carlinhos fizeram o programa especial sobre educação

Quando a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) - filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) - convocou, ainda em abril, a Greve Nacional da Educação para o dia 15 de maio, o protesto focava a Reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria especial dos professores: ao invés dos atuais 25 anos de sala de aula ou idade mínima de 50 anos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pretende obrigar a categoria a trabalhar 40 anos ou se aposentar com idade mínima de 62 anos, no caso das mulheres, e 65 anos, no caso dos homens.

Luiza ValérioLuiza Valério
Na centenária cidade de Goiás, estudante dizem não ao corte de 30%

De abril pra cá deu tempo dos governos estadual e federal meterem tanto os pés pelas mãos que a Greve Geral da Educação se transformou num tsunami, mobilizando professores e estudantes das redes pública e privada de ensino, universidades e institutos federais. O Brasil inteiro está indo às ruas nesta quarta-feira (15) para dizer que não aceita cortes no orçamento da educação e redução direitos para a classe trabalhadora. Somente em Goiás, 40 municípios estão realizando manifestações e passeatas. Em Goiânia (GO), o ato está marcado para as 15 horas, na Praça Universitária.

Dulcinéia SilvaDulcinéia Silva
Itumbiara lotou a Praça São Sebastião no protesto puxado pelo Sintego

O programa Antena Ligada da Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com) reuniu no estúdio a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima; os presidentes da Central Única dos Trabalhadores em Goiás (CUT Goiás), Mauro Rubem, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Railton Souza; e o presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado de Goiás (Sinaae), Carlos Passos. Além disso, o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, foi entrevistado por telefone.

Cleunice AraújoCleunice Araújo
Em Posse, os professores pegaram assinaturas no abaixo assinado

O reitor falou da "absoluta impossibilidade" de concluir este ano letivo. "O corte afeta todas as áreas da UFG, principalmente por cortar verbas da manutenção. É o caos anunciado em todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), onde estudam 2,5 milhões de alunos. Isso sem falar na pesquisa, que é a chave para resolver os problemas do País e que está sendo desmontada. É preciso reverter esse quadro", pontua o professor Edward.

Para os sindicalistas presentes no debate, o governo federal não está cobrando de quem deve. Afinal são R$ 490 bilhões que as grandes empresas deixaram de pagar à Previdência Social e o débito está sendo apresentado à classe trabalhadora. "Não acredite na propaganda do governo. Capitalização só interessa aos banqueiros", pontuaram.