O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), entidade filiada à CUT-GO, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) firmaram parceria e, a partir desta quarta-feira (25), vão promover semanalmente uma feira de alimentos agroecológicos. A feira será montada das 9h às 15h, na sede do sindicato, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia.
Os alimentos, produzidos no Assentamento de Canudos, em Palmeiras de Goiás, são frutos do projeto coordenado por Valdir Misnerovicz e Ludmilla Luciana de Carvalho, intitulado "Unidade de Produção Agroecológica Colméia". Desde 2019, os/as agricultores/as produzem no local diversos alimentos saudáveis e sem agrotóxicos, que são disponibilizados à comunidade.
"Com essa nossa experiência, podemos afirmar, sem medo de errar, que é possível produzir alimento em grande quantidade, de forma diversificada e com qualidade, para alimentar todos os habitantes do planeta. É possível alimentar bem e cuidar do meio ambiente", ressalta Valdir.
O grupo explica que a comercialização dos alimentos tem sido feita principalmente em parceria com a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA). Cerca de 50 famílias são abastecidas semanalmente com a produção, no valor de R$ 180 por mês, e recolhem todo domingo os produtos na Paróquia São Judas Tadeu, em Goiânia.
No entanto, diante do aumento da produção, o MST entrou em contato com o Adufg-Sindicato para firmar uma nova parceria e disponibilizar os alimentos para a base da entidade, que prontamente atendeu a solicitação. "Muitos que são base do sindicato vão ficar bastante satisfeitos porque vão poder encontrar na sua entidade de classe, no sindicato, alimentos saudáveis. Estamos bastante otimistas", declara Valdir.
A 1ª vice-presidenta do sindicato, Luciene Dias, e o diretor administrativo, Flávio Silva, estiveram no Assentamento Canudos e acompanharam de perto a produção agroecológica. "A diversidade de alimentos produzidos aqui é imensa. A expectativa é oferecer aos docentes alimentos de qualidade. O Adufg-Sindicato está à disposição e com grandes expectativas para essa nova parceria com o MST", afirma Flávio.
Para a professora Luciene, a parceria vai beneficiar tanto os/as docentes quanto os/as agricultores/as. "É coerente a gente consumir produtos saudáveis, se relacionar com pessoas plurais e diversas, e construir um sindicato afinado com a forma que a gente vive. Oferecer a estrutura do sindicato para esta troca significa ganhos para todos os lados", diz.
*Informações Adufg-Sindicato
