Acampados e assentados cobram regularização de terras e vistorias de áreas em Goiás
Ato organizado pela Fetraf-GO e sindicatos levou famílias de oito municípios goianos à sede do Incra em Goiás, em Goiânia. Cobrança é pela celeridade nos processos de assentamentos
Publicado: 22 Março, 2024 - 11h36
Escrito por: Redação CUT-GO
A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Goiás (Fetraf-GO) esteve reunida junto com os sindicatos filiados, nesta quinta-feira (21), em frente à sede da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Goiás, em Goiânia. Dentre as demandas, a celeridade nas regularizações das terras e nas vistorias e aquisições de áreas para assentamento das famílias que aguardam há anos.
Agricultores e agricultoras familiares de oito municípios goianos se deslocaram à capital goiana para cobrar seus direitos. Ainda durante o ato, a Fetraf-GO fez o lançamento do intitulado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Agricultura Familiar. O documento, elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf), foi entregue ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
"O governo tem que garantir. Garantir a terra, educação, saúde, estrada, crédito, e que proteja o meio ambiente. Essa relação com o governo tem que melhorar, tem que priorizar a reforma agrária. Aqui no Incra diz que não tem dinheiro. Mas a gente sabe onde tem, para os outros setores estão saindo. Nós somos ou não importantes? Então queremos dinheiro no Incra para poder ter mais gente para trabalhar", cobrou Antônio Chagas, dirigente da Fetraf-GO e do Sintraf-Palestina/Caiapônia, e secretário de Meio Ambiente da CUT-GO.
Famílias de acampamentos e assentamentos também destacaram que têm sofrido com perseguição policial nas localidades, e apontaram as dificuldades encontradas com os trâmites para avançar nos processos de assentamentos das famílias acampadas. Ressaltaram ainda que os processos ficaram travados durante o antigo governo de Jair Bolsonaro e, no atual governo do presidente Lula, esperam que a reforma agrária se torne uma das pautas prioritárias do Executivo.