O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) – filiado à
Central Única dos Trabalhadores (CUT) - reuniu na manhã desta quarta-feira (30), nada menos que 950 crianças de 20 escolas públicas num abraço simbólico à Praça Cívica, a principal de Goiânia, para passar a seguinte mensagem: Racismo é Crime! A atividade encerrou as comemorações do Novembro Negro em Goiás.
Além de Goiânia, o
Abraço Negro – que está em sua 15ª edição – aconteceu também nas cidades de Silvânia, Niquelândia, Anápolis, Piracanjuba, Professor Jamil, Minaçu, Águas Lindas, Itapuranga, Trindade, São Miguel do Araguaia, Itapaci, Jussara, Uruaçu, Ceres, Luziânia e Aparecida de Goiânia.
Para Iêda Leal, vice-presidente da
CUT Goiás e do Sintego e secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o
Abraço Negro deixou de ser um ato simbólico para se tornar um compromisso contra o racismo e o preconceito.
“Professores, alunos e funcionários administrativos das escolas que aderiram ao
Abraço Negro fazem o enfrentamento ao racismo. Essas crianças estão se tornado defensoras da igualdade racial e têm clareza de que racismo é crime e como tal precisa ser punido. Ações como esta precisam ser multiplicadas”, pontua Iêda, idealizadora do evento.
Consciência negraO
Abraço Negro é, para a presidenta do Sintego, Bia de Lima, o momento em que a escola demonstra para a sociedade o esforço dos educadores em criar um ambiente sem racismo e sem intolerância para nossas crianças. “O Brasil é um país plural e nós devemos respeitar toda pluralidade. E reafirmar todos os dias e não somente no Dia 20 de Novembro, em que se homenageia a consciência negra, que racismo é crime”, frisa.
Num momento em que o Brasil vive um golpe, dar visibilidade ao povo negro, à consciência negra e à ideia de que todos podem constribuir para uma sociedade democrática e uma educação livre de racismo, o
Abraço Negro não poderia ser mais emblemático.
Presidente da
CUT-GO, Mauro Rubem adverte que o racismo é uma das formas mais violentas de exploração do trabalho humano e sua persistência ainda nos dias atuais é uma mácula da qual é preciso livrar a sociedade brasileira. “Na sociedade que queremos construir, as pessoas devem ser respeitadas, independente da cor da pele, do sexo, da profissão ou da religião”, sintetiza.