A força da classe trabalhadora unida – os exemplos do Sindsaúde e do Sintect
Trabalhadores da Saúde fazem secretaria voltar atrás e ecetistas defendem seus direitos
Publicado: 06 Agosto, 2018 - 13h05 | Última modificação: 06 Agosto, 2018 - 15h07
Escrito por: Maísa Lima
A secretária municipal de Saúde de Goiânia (GO), Fátima Mrué, fez das suas na semana passada. Ao invés de atacar os problemas crônicos da Pasta, como a falta de estrutura, achou por bem mudar o que funciona: o horário de atendimento nas unidades de saúde mantidas pela Prefeitura.
E, como é de praxe no governo Iris Rezende (MDB), sem se dar ao trabalho de ouvir a categoria. Não deu outra: assim que a notícia correu, mais de 200 servidores se deslocaram para o Paço Municipal para protestar contra a medida.
Resultado? Fátima Mrué garantiu à presidenta do Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, e às demais entidades que representam os servidores da Saúde, que as alterações na escala de trabalho estão suspensas.
Flaviana foi recebida na manhã desta segunda-feira (6) no estúdio da Rádio Trabalhador (www.radiotrabalhador.com.br) para explicar o imbróglio ao âncora do programa Antena Ligada, Roberto Nunes. Ela lembrou que esta questão do horário foi superada mas muitas outras reivindicações continuam pendentes, daí a assembleia unificada dos trabalhadores do município de Goiânia que acontecerá nesta terça-feira, 7, às 8h30, na Câmara Municipal. “Os trabalhadores de Senador Canedo também devem ficar de sobreaviso. Temos assembleia marcada para quinta-feira, dia 9, às 16 horas, na Praça Criativa”, reforçou a sindicalista.
Correios
Por telefone, o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e suas Concessionárias, Permissionárias, Franqueadas, Coligadas e Subsidiárias no Estado de Goiás (Sintect-GO), Elizeu Pereira da Silva falou sobre a assembleia que a categoria realizará nesta terça-feira (7) e que poderá deflagrar a greve nos Correios. Em Goiânia, será em frente à Agência Central, às 18h30. A paralisação, se aprovada - o que tudo leva a crer - deve começar às 22 horas do mesmo dia.
“Vários cortes foram apresentados, um verdadeiro pacote de maldades em que a ECT visa economizar R$ 880 milhões nas costas dos trabalhadores. A presidência da empresa ainda teve a coragem de propor 1,58% de reajuste, o que não representa sequer a inflação aferida pelo menor índice do período, uma verdadeira afronta à categoria, que já vem sendo tão onerada com a cobrança imposta no plano de saúde, após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em conluio com a ECT. Sem contar a falta de efetivo, a precarização, o sucateamento, os assédios morais, problemas aos quais os trabalhadores e trabalhadoras são expostos todos os dias.”, declarou Elizeu.